Bem-Estar
Núcleo da Terceira Idade da UFMT promove melhor qualidade de vida aos idosos
O Neati é destinado a pessoas com idade igual ou superior a 45 anos, independentemente do grau de escolaridade e situação financeira
24 de Fevereiro de 2014, 09h59

O Núcleo de Apoio às Atividades da Terceira Idade (Neati) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) em Rondonópolis funciona desde o ano de 1993, é destinado a pessoas com idade igual ou superior a 45 anos, independentemente do grau de escolaridade e limite de idade.
Oferece uma extensa programação, incluindo cursos, atividades intelectuais, recreativas, lúdicas, buscando assim a ativação da autoestima, motivação pessoal e desenvolvimento da capacidade de interpretação da realidade, na tentativa de transformar as dificuldades físicas, emocionais e financeiras em aprendizado para uma vida mais produtiva.
De acordo com o coordenador do Neati de Rondonópolis, professor Adriano da Silva Rozendo, as atividades oferecidas regulamentes são: artesanato, dança de salão, yoga, palestras, hidroginástica, informática, inglês, espanhol, cursos desenvolvidos pelo Serviço Nacional de Aprendizagem (Senar) e programação asilar (desenvolvida com os idosos do Lar Cristão e Lar dos Idosos).
Atualmente são 500 pessoas cadastradas, 304 frequentadores ativos. "O perfil do público é, na maioria mulheres viúvas, divorciadas, sem
companhia, em algum processo de isolamento. Esses processos desencadeiam coisas ruins, quadros de depressão, de doenças. A Neati visa à promoção do envelhecimento digno e saudável, constituir vínculos afetivos, promover a autonomia dos frequentadores e capacitá-los como recurso humano" ressalta Adriano.
Maria Aparecida da Costa Rossi, 60 anos, frequenta o Neati há nove anos, quando se mudou de São Paulo para Rondonópolis. "Com os cursos já aprendi a fazer bonecas, bolsas, colcha de retalhos e agora estou aprendendo a fazer lingerie. Foi muito bom para mim começar a frequentar o Neati, quando mudei para cá eu estava muito sozinha e tive depressão. No Neati eu e meu marido fizemos amizades e com os cursos fazemos os artesanatos para vender, é a nossa renda agora", pontua.
Dona Elizelena dos Santos Silva, 65 anos, frequenta o núcleo há oito anos e também garante renda extra com os artesanatos que vende. "Aprendi a fazer tudo aqui, o que me garante uma boa renda, vendo em feiras, nas praças, em exposições. Sem falar das amizades que conquistei nesses anos, é muito bom pra mim", garante.