SUPOSTA COMPRA DE SENTENÇA

Produtor rural de Rondonópolis investigado por compra de sentença foi 2º maior doador de campanha de Pedro Taques

Na ação desta terça-feira (24), a PF realizou uma busca e apreensão na residência de Vigolo em Rondonópolis e na na casa dos demais envolvidos.

por Fernanda Leite

24 de Março de 2020, 20h24

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Divulgação

O produtor rural de Rondonópolis, Nelson José Vigolo, dono do Grupo Bom Jesus, alvo de uma operação da Polícia Federal nesta terça-feira (24) é suspeito de pagar o montante de R$250 mil a desembargadora da Bahia, Sandra Inês Moraes Ruscioelli,  para que ela votasse favorável em uma ação de R$ 1 milhão.   

Para quem não se lembra, o produtor rural foi o segundo maior doador de campanha do ex-governador Pedro Taques (sem partido), em 2014, quando ele disputou pela primeira vez o cargo de governador de Mato Grosso.  O produtor fez duas doações, sendo a primeira de R$ 700 mil e R$ 250 mil, totalizando R$ 950 mil.

Naquela época, o candidato da oposição, o então deputado estadual Lúdio Cabral (PT), havia descoberto que Nelson Vigolo devia o total de R$ 2,350 milhões em ICMS e colocou em dúvida o porquê daquela 'generosa' doação. 

O produtor rural recebe 'visita' da PF

Na ação desta terça-feira (24), a PF realizou uma busca e apreensão na residência de Vigolo em Rondonópolis e na na casa dos demais envolvidos. 

PF filmou e monitorou envolvidos 

Agentes da Polícia Federal desencadeou a 5º fase da Operação Faroeste, juntamente com o Ministério Público Federal (MPF). Na investigação, os envolvidos foram monitorados passo a passo.

A propina conforme consta na ação, foi entregue pelo advogado de Vigolo, identificado por Vanderlei Chilante, que teria entregue os R$250 mil para o advogado Júlio Cesar Cavalcante Ferreira. Este último, repassou para Vasco Rusciolelli, em um encontro dentro de um motel na Bahia.

A PF e a Procuradoria Geral da República solicitaram a prisão  temporária de 5 dias da  magistrada e dos advogados Vasco e Chilante.