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Câmara de Pedra Preta analisa pedido de abertura de segunda CPI contra Mariledi

Os vereadores votarão o requerimento de criação da Comissão no próximo dia 3 de março

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25 de Fevereiro de 2014, 08h33

Câmara de Pedra Preta analisa pedido de abertura de segunda CPI contra Mariledi
Câmara de Pedra Preta analisa pedido de abertura de segunda CPI contra Mariledi

A prefeita é acusada de não pagar aluguéis e ainda promover a ocupação indevida do prédio da foto - Foto Luan Dourado/GazetaMT

Os vereadores do município vizinho de Pedra Preta votarão no próximo dia 3 de março um pedido de abertura de mais uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) contra a prefeita Mariledi Coelho (PDT). Caso os edis votem favoravelmente à criação da comissão investigativa, essa será a segunda vez em pouco mais de um ano de administração que a prefeita pedrapretense enfrentará um processo investigativo.

O pedido de investigação contra Mariledi foi feito por Eva Mariusa de Camargo, que acusa a prefeita de não pagar aluguéis e ainda promover a ocupação indevida de um prédio de sua propriedade, que é utilizado como sede da secretaria de Ação Social do município, além de funcionar como creche.

Segundo o presidente da Câmara, Lenildo Augusto da Silva (PR), o pedido de CPI foi protocolado no último dia 17 e os vereadores devem votá-lo na Sessão Ordinária do Legislativo do próximo dia 3 de março. "O processo foi distribuído para os gabinetes dos vereadores e na próxima Sessão vamos votar se acatamos ou não esse pedido. Na minha opinião, a prefeita está errada, pois se usa um prédio que é particular, tem que pagar o aluguel. Não dá para prever ainda se a CPI vai ser aprovada, mas não acredito que isso seja motivo para a cassação de seu mandato", adiantou o vereador.

Lenildo afirma ainda são necessários oito votos, de um total de onze vereadores, favoráveis à criação da Comissão para investigar a conduta da prefeita. "Não sei qual é a opinião dos outros vereadores à respeito, mas vamos conversar durante essa semana sobre essa questão. Mas a nossa relação (dos vereadores) com a prefeita é tranquila, principalmente no que diz respeito aos projetos enviados para a Câmara", concluiu.

Entenda o caso

A administração da prefeita Mariledi Coelho é acusada de não pagar o aluguel de um prédio e ocupar irregularmente um prédio construído em um terreno de 1.548 metros quadrados doados pela prefeitura com aprovação da Câmara em 2006. O referido pertence à Eva Mariusa de Camargo, e foi doado para a construção da sede própria de uma universidade particular, a Unopar.

Acontece que no início de 2011, a faculdade particular foi vendida e o contrato com sua franqueadora, Eva Mariuza, suspenso. Nessa altura, a prefeitura já alugava (e pagava) parte do prédio para abrigar cursos da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

Com a posse de Mariledi, em janeiro de 2013, os aluguéis deixaram de ser pagos e o contrato de locação não foi renovado. A dona do prédio afirma também existirem três meses de aluguel ainda referentes à 2012, empenhados pelo ex-prefeito Marcionilo Corte Souza. 

"Nós fomos convidados a ir para Pedra Preta pela própria Mariledi, que era secretária de Educação na época e ajudou a viabilizar toda a situação. Não entendo por que ela agora está agindo dessa forma agora. Tenho a impressão de que ela está ouvindo pessoas que querem complicá-la", afirmou a empresária.