Mal foi inaugurado e o Anel Viário de Rondonópolis já começa a perder parte da pavimentação para a velha buraqueira, fato noticiado nos últimos dias pela imprensa local. O caso aqui, porém, é outro. Desta vez, nada a ver com buraco, mas sim, com certa finesse tipicamente egoísta.

Às margens da via estadual, um condomínio de alto padrão -destes bem chiques- fora construído. Eis que, para o acesso ao portal, a empresa responsável pelo empreendimento encontrou uma solução, digamos, inusitada. Uma espécie de rotatória que toma e obstrui o acostamento do Anel Viário.

Naquele ponto, o usuário que necessitar do acostamento -carro, moto, bicicleta ou a pé- tem que desviar. Simples assim. Não demorou muito para alguns contribuintes atentos se incomodarem com tal situação.

Fato que, para o acesso ao condomínio de luxo, o acostamento deveria estar no devido alinhamento. Não ali, onde a obra passa por cima. Por cima do bem público, da via pública e direito de ir e vir.

Pelo menos três perguntas cabem, na visão da coluna. Quem pagou por este serviço? Quem recebeu? Quem concordou com a obstrução do acostamento de uma via tão importante?

É como o dito no início deste texto: finesse tipicamente egoísta.