em liberdade
Alan Malouf, empresário acusado de esquema de fraudes na Educação de MT é solto
Malouf seria um dos líderes de organização criminosa, acusa MPE
26 de Dezembro de 2016, 07h46
O empresário Alan Malouf, acusado de ser um dos líderes de um esquema de fraudes em licitação na Secretaria de Educação de Mato Grosso, foi solto nesse sábado (24). A prisão preventiva dele foi revogada pela juíza plantonista, Maria Rosi Barbosa.
Ele estava preso desde o dia 14 de dezembro no Centro de Custódia de Cuiabá. A defesa do empresário disse que não vai se manifestar porque a decisão está sob segredo de Justiça.
Malouf, dono de um dos principais buffets da capital mato-grossense, é acusado pelo Ministério Público de ser parte do núcleo que liderava uma quadrilha que fraudava licitações de obras em escolas públicas do estado.
Os crimes teriam sido cometidos entre 2015 e 2016, já na gestão do governador Pedro Taques (PSDB), e foi alvo da operação Rêmora, em maio deste ano.
O MPE diz que, no esquema, o empresário tinha a função de formular e aprovar os métodos para desviar dinheiro público da Seduc, quando o titular da pasta era Permínio Pinto (PSDB), também acusado de fazer parte da quadrilha. Malouf foi denunciado pelo Ministério Público por organização criminosa e corrupção passiva.
Malouf foi preso durante operação do Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado do MPE chamada Grão Vizir. O Gaeco acusa o empresário de ter se beneficiado com os valores desviados pelo bando criminoso por meio de negociações ilícitas com empresários do ramo da construção civil, que pagavam propina para serem favorecidos nas licitações da Seduc.
Depoimento
Ouvido pelo Gaeco, Alan Malouf disse que ajudou a conseguir dinheiro para a campanha de Pedro Taques ao governo do estado em 2014 a pedido do próprio governador. Ele denunciou um esquema de "caixa 2" na campanha do tucano e confessou ter participado do esquema na Seduc. Taques nega ter havido caixa 2 na campanha dele ao governo do estado.
Malouf alega ter entrado na quadrilha por incentivo do empresário Giovani Guizardi, delator do esquema que foi solto
no final de novembro, depois de ter passado sete meses preso. O empresário disse também que o primo dele, Guilherme Maluf (PSDB), presidente da Assembleia Legislativa, também se beneficiou do desvio de dinheiro da Seduc.
Com informação de Globo.com