OPINIÃO
O setor de segurança de dados deve atingir US$350,23 bilhões até 2029: Como investir em soluções eficientes?
26 de Abril de 2025, 06h10

O mercado global de segurança de dados está aquecido. Para se ter uma ideia, ele deve crescer a uma taxa anual composta (CAGR) de 11,4% e deve atingir US$350,23 bilhões até 2029. Esse crescimento mostra a preocupação em relação à segurança da informação em um cenário cada vez mais digital, onde a quantidade de dados gerados e compartilhados é gigantesca.
Somente no ano de 2024, de acordo com um relatório divulgado pela consultoria Surfshark, o número de contas de usuários que tiveram dados vazados saltou para 5,5 bilhões em todo mundo, sendo 723 milhões a mais do que em 2023. A proteção dessas informações tornou-se uma prioridade, não apenas para as empresas, mas também para governos e os consumidores.
Trazendo para o contexto da realidade brasileira, a implementação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) adicionou uma camada de complexidade e urgência a essa necessidade, criando uma oportunidade única para que empresas de tecnologia possam desenvolver soluções de conformidade e segurança eficazes. O Brasil está inserido em um mercado digital em constante expansão, além de uma posição estratégica para o crescimento do setor de segurança de dados.
As empresas hoje veem que investir em soluções eficientes de segurança de dados não é apenas uma questão de escolha, mas sim de sobrevivência ao mercado cada vez mais competitivo. Além disso, a conformidade com a LGPD é um fator essencial, e o descumprimento da lei pode acarretar multas significativas e prejudicar a reputação das empresas.
Por isso é importante que as empresas adotem abordagens proativas para garantir a segurança de dados em suas operações. Para isso, existem algumas maneiras de se investir em soluções eficientes, como por exemplo, a conscientização e treinamento contínuo de suas equipes, pois a segurança de dados começa com a cultura organizacional.
Uma outra solução é a adoção de ferramentas e plataformas robustas de gestão de dados, que garantem o armazenamento seguro e o controle de acesso. Trazer tecnologias como a criptografia de ponta a ponta, autenticação multifatorial e soluções baseadas em Inteligência Artificial (IA) são essenciais para a proteção de dados.
Para além disso, é preciso haver a implementação de um plano de governança de dados eficiente, que permita a identificação, classificação e tratamento adequado das informações. Esse processo inclui desde a coleta e armazenamento até o descarte de dados, assegurando que as práticas de cada etapa estejam alinhadas com as exigências da LGPD.
As empresas também devem buscar parcerias com consultorias especializadas e provedores de soluções em segurança cibernética, desde que ofereçam auditorias de qualidade e suporte contínuo. No Brasil, a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) tem reforçado o rigor na fiscalização das empresas, o que faz com que os investimentos em soluções de segurança de dados estejam na prioridade das organizações.
Por fim, a segurança de dados não é uma tendência passageira, e sim algo que deve ser visto com mais seriedade, principalmente pela necessidade estrutural do mercado digital. Esse é um momento estratégico para as empresas, que devem se antecipar e investir agora para colher os frutos de um mercado que está em constante evolução, além de ajudar o país a se destacar no cenário global como referência.
Ricardo Maravalhas é fundador e CEO da DPOnet, empresa com mais de 4.000 clientes, que nasceu com o propósito de democratizar, automatizar e simplificar a jornada de conformidade com a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) por meio de uma plataforma SaaS completa de Gestão de Privacidade, Segurança e Governança de Dados, com serviço de DPO embarcado, atendimento de titulares, que utiliza o conceito de Business Process Outsourcing (BPO) e IA integrada (DPO Artificial Intelligence).