MORADIA

Aureo Costa: um visionário que alavancou o setor de condomínios fechados em Rondonópolis

O empresário de Rondonópolis analisa que cada um desses projetos tem suas particularidades, trazendo evoluções e um aumento no número de equipamentos

por Da redação

27 de Novembro de 2024, 08h57

Foto - Rodolfo Roca
Foto - Rodolfo Roca

Com um olhar sempre à frente do seu tempo, o pioneiro Aureo Candido Costa foi um dos grandes responsáveis por elevar o padrão de viver e morar em Rondonópolis, ajudando a fortalecer na cidade o conceito inovador de condomínios residenciais fechados, com grandes estruturas de lazer e serviços, segurança, contato com a natureza e qualidade de vida. Nesse contexto, a maior parte dos empreendimentos de luxo existentes no município tem a sua participação.

No começo dos anos 2000, quando a iniciativa estava presente apenas em grandes centros urbanos, Aureo Costa conta que a Teixeira Holzmann Empreendimentos Imobiliários, de Londrina (PR), na época dos então sócios Marcos Holzmann e Fábio Fonseca, lhe procurou para lançar um condomínio fechado em uma das suas áreas, ao lado da atual UFR. Em Rondonópolis, o único empreendimento nessa área era o Condomínio do Bosque, do outro lado da cidade.

O pioneiro conta que o projeto do Village do Cerrado, condomínio criado em 2006, começou a tomar forma justamente a partir do seu conhecido lago central. “Lembro que nessa área tinha uma represa para o gado beber água, sendo que o Marcos e eu fomos visitar o local. Ao chegar lá, ele viu a represa e, de cara, visualizou que ali seria o lago do condomínio. E, por sinal, hoje ali é o lago - muito grande bonito”, recorda.

Dentro das inovações que o projeto trazia para a cidade, Aureo revela outra uma situação curiosa dentro da elaboração do projeto. “Houve, no começo, uma ideia de colocar peixes no lago para servir de pescaria de lazer aos moradores, mas a Secretaria de Meio Ambiente (SEMA) interpretou o projeto errado, avaliando que estávamos fazendo uma criação de peixes, e fomos até multados”, complementa.

O primeiro condomínio fechado do grupo em Rondonópolis foi muito bem sucedido, necessitando de um tempo maior para sua maturação. “Hoje o Village do Cerrado é um ícone em termos de condomínio em Rondonópolis. Na verdade, não só na cidade, é um projeto muito admirado por pessoas de Cuiabá, Campo Grande e outros lugares. A gente recebe muitos elogios pelo Village. Realmente, ficou uma referência no setor”, avalia.

Um tempo depois veio o segundo condomínio do grupo, o Royal Boulevard, criado em 2014, a partir de uma ideia dos então sócios Fábio e Marcos e do próprio Aureo. A aceitação e o tempo de maturação foram bem rápidos em relação ao primeiro. O Royal Boulevard, construído ao lado do Village, reforçou a ideia de morar bem e com exclusividade na cidade. Vale citar que, em seguida, Fábio e Marcos desfizeram a sociedade, sendo que o primeiro seguiu investindo na cidade através da sua empresa, a Euro Engenharia.

Em outra área de propriedade do pioneiro, na mesma região, em 2020, foi criado ainda o Condomínio Unique Higienópolis, dessa vez em parceria com a empresa Corpal Incorporadora e Construtora, de Dourados (MS). Conforme Aureo, o projeto foi um tremendo sucesso, com mais de 600 lotes sendo vendidos em um único dia, entrando para a história do mercado imobiliário local.

O empresário de Rondonópolis analisa que cada um desses projetos tem suas particularidades, trazendo evoluções e um aumento no número de equipamentos. “Se compararem o Village com o Unique, as pessoas vão perceber o grande progresso, porque os equipamentos e os hábitos mudaram muito. No Unique, por exemplo, temos pista de boliche, áreas gourmet e outras coisas. Com as mudanças, a gente tem de ir se adaptando também!” atesta.

Após esses sucessos, Aureo adianta que pretende continuar investindo no ramo de condomínios fechados. Algo que atrasou esse processo, segundo ele, foi a demora da administração municipal em liberar a parte burocrática de uma área dele. Apesar dos muitos benefícios para a economia e a gestão pública, lamenta que o IPTU dos condomínios seja algo exorbitante. “O atual prefeito parece que é contra condomínio… Espero que haja uma revisão nisso na próxima gestão”, diz.

Nesse segmento, o empreendedor informa que já mandou fazer o masterplan de uma área dele com quase 600 hectares, no entorno do futuro CPA, a partir de um conceituado arquiteto. Após a conclusão desse projeto, a intenção é escolher e definir futuras empresas parceiras que possam oferecer as melhores propostas para a cidade. Ele estima que essa área possa contemplar até sete condomínios completos.

Apesar de ser um grande investidor em condomínios, Aureo constantemente precisa responder questionamentos sobre o porquê não mora em um deles. Sobre isso, ele explica que houve várias situações e impedimentos ao longo do tempo. Atualmente, uma das limitações é que sua esposa está cadeirante, dificultando o propósito. Aliás, observa que no começo não queria morar nesse tipo de empreendimento, depois passou a alimentar a ideia, suspendeu por um tempo e, agora, retomou o intento.

Ao olhar para trás, o pioneiro externa seu contentamento por ter contribuído com o desenvolvimento de Rondonópolis, com esses grandes empreendimentos. “Para mim, isso é um orgulho, uma satisfação muito grande, até uma vaidade. Falo isso com muita alegria, porque sei que contribuí para que isso acontecesse na nossa cidade, e até porque não fiquei escondido em cada projeto desse. Ao contrário, coloquei minha imagem e, graças a Deus, como tenho bom nome na cidade, tudo prosperou”, finaliza.