Jornalista sai de casa e vai para a redação ou estúdio da empresa que trabalha, de lá anda pela cidade em busca da notícia. O engenheiro faz projetos, acompanha as obras e mantém o serviço em pleno funcionamento, a maioria das vezes longe do seu escritório. O padeiro sai de casa (na madrugada) e vai para o seu posto de trabalho. O vendedor ambulante sai para as ruas em busca do cliente. . . e daí, isso não é normal?

Lógico que é. O trabalho de cada um dos profissionais pode ser desenvolvido em um endereço fixo, ou pode depender de constante deslocamento. E mais, cada um desses profissionais recebe o salário no final do mês do seu patrão.

Então vamos ao que interessa. Esta semana a tal da verba indenizatória volta às manchetes e, sem muito para explicar, a lei está sendo cumprida. Mas tem mais um agravante: o salário e a verba indenizatória são pagos com o 'nosso' dinheiro, dinheiro público.

Aí o nobre vereador faz o quê com os R$ 10 mil de verba indenizatória? Vai a enterro, a festa de aniversário, a carnaval. . . . e por aí corre a justificativa de utilização pelo 'bem público' da tal da verba indenizatória.

E tem mais ainda: ninguém precisa apresentar nota fiscal referente aos gastos da tal da verba. Simplesmente apresentar um relatório, onde normalmente consta a informação sobre o 'evento' que o vereador participou (parecendo campanha política) com o nosso dinheiro.

Fica simples de resolver a questão, afinal nem tudo que é legal é moral. O vereador Subtenente Guinâncio (PSDB) quando foi empossado anunciou que abriria mão da verba indenizatória, e assim fez. Agora tem mais esses R$ 10 mil nos cofres da Câmara de Vereadores, sobrando mensalmente. Caso tenha mais algum vereador disposto a achar vergonhoso ter quase R$ 20 mil de renda mensal e também colaborar com a cidade, muitos Postos de Saúde, creches, ruas asfaltadas, saneamento básico. . . . poderiam estar sendo providenciados. Quer maior propaganda eleitoral do que esta?