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Avião não aparece e Miss Brasil também vira vítima da Azul Linhas Aéreas em Rondonópolis
Jackelyne Oliveira e outros passageiros seguiram de ônibus para Cuiabá, os demais embarcarão hoje; Procon diz que empresa é reincidente
28 de Maio de 2014, 00h01

Uma falha da empresa Azul Linhas Aéreas obrigou a Miss Brasil, Jakelyne de Oliveira, a cancelar os compromissos que teria na manhã desta quarta-feira (28) na cidade de São Paulo. Ela estava entre os 50 passageiros que compraram passagens, mas não conseguiram embarcar no voo 4977 que iria de Rondonópolis para a capital paulista. O avião simplesmente não apareceu no aeroporto, fato que tem se tornado comum na cidade.
O voo deveria ter partido às 17h55, porém a empresa alega que houve problemas e a aeronave precisou passar por uma manutenção não programada em Campo Grande (MS). Apesar de afirmar que comunicou o cancelamento às 15h30, os passageiros dizem que só foram informados do fato por volta das 17 horas, quando faziam o 'check in' no aeroporto.
O Procon foi acionado, constatou a infração no local e vai multar a empresa. "Será a terceira multa que aplicaremos pelo mesmo motivo. Ainda não definimos o valor, mas, devido a reincidência, será uma multa alta", disse o coordenador, Juca Lemos. "O fato de ser a única empresa a operar na cidade não dá o direito de desrespeitar os consumidores. A Azul é uma empresa robusta e deve atender bem todos os usuários, em qualquer lugar do país", completou.
Vários passageiros foram ouvidos e forneceram os dados pessoais para embasar a ação que será movida pelo Procon. Além de assegurar o ressarcimento dos prejuízos causados aos usuários, a coordenadoria do órgão também vai averiguar junto à Infraero as informações prestadas pela Azul sobre a aeronave.
"Precisamos checar se houve mesmo um problema mecânico ou se a empresa vendeu passagens em número maior ao que poderia atender, o que pode agravar a punição", disse Juca Lemos.
Ônibus
Dos 50 passageiros que pretendiam embarcar no voo em Rondonópolis, 26 pessoas, entre elas a miss Jakelyne de Oliveira, seguiram de ônibus para Cuiabá. Tiveram de enfrentar mais de quatro horas numa das estradas mais perigosas do país. O ônibus de turismo foi providenciado pela empresa, que se comprometeu a embarcá-los ainda na madrugada em outros voos com saída do aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande.
Duas pessoas que estavam em Rondonópolis de passagem foram hospedadas num hotel da cidade. A promessa é que elas e os outros passageiros que não quiseram seguir de ônibus poderão embarcar hoje (28), em um voo da Azul que deve partir de Rondonópolis também às 17h55.
A reportagem não foi informada se a Miss Brasil está entre os passageiros que acionarão o Procon na ação contra a Azul Linhas Aéreas.