CASO ISABELE

Irmãos de adolescente que matou amiga com tiro na cabeça são ouvidos na Deddica

O depoimento foi colhido na manhã desta terça-feira (28), em Cuiabá.

por Daffiny Delgado, de Cuiabá

28 de Julho de 2020, 11h54

Imagem: Reprodução
Imagem: Reprodução

Os irmãos da adolescente de 14 anos que atirou acidentalmente e matou a amiga prestaram depoimento na manhã desta terça-feira (28) na Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica).

Isabele Guimarães Ramos, de 14 anos morreu no último dia 12, ao ser atingida com um disparo na cabeça em uma residência no condomínio Alphaville.

Os adolescentes - um casal de 14 anos e uma garota de 17 – chegaram na delegacia às 8h, na companhia da mãe, Gaby Cestari, e do advogado Renan Serra.

De acordo com as investigações, os irmãos estavam na casa no dia da tragédia.

Eles foram ouvidos pelo delegado da Deddica Francisco Kunze. O depoimento durou pouco mais de duas horas.

Laudo preliminar

Conforme o laudo preliminar, lavrado na última terça-feira (21), a causa da morte da adolescente foi apontada como traumatismo craniano.

"Diante dos achados da necropsia concluem os peritos que a morte de Isabele Guimarães Ramos deu-se em decorrência de traumatismo cranioencefálico por ação de instrumento perfurante-contundente, com disparo de arma de fogo efetuado a curta distância", diz trecho de documento.

Pedido de prisão

O advogado Hélio Nishiyama pediu na Justiça a prisão preventiva do empresário Marcelo Cestari. O pedido foi encaminhado ao juiz João Bosco Soares da Silva, da 10º Vara Criminal de Cuiabá, na quinta-feira (23).

O argumento utilizado pela defesa de Patrícia Ramos, mãe de Isabele Ramos, está na quebra de fiança por parte do acusado, uma vez que não foi localizado em nenhum dos endereços fornecidos à Justiça para intimação.

“A mudança de residência sem prévia autorização da autoridade judicial configura quebra de fiança”, diz trecho do documento.