OPINIÃO
Quais as diferenças entre água filtrada, purificada e mineral?
28 de Agosto de 2025, 14h00

A água é um dos elementos mais essenciais para a vida, mas nem toda água é igual. Com tantas opções disponíveis no mercado, como água filtrada, purificada e mineral, muitos consumidores se perguntam qual é a melhor escolha para o consumo diário. Cada uma dessas águas possui características específicas, processos de tratamento distintos e valores nutricionais diferentes. Neste artigo, você vai entender as principais diferenças entre elas, seus benefícios e quando cada tipo pode ser mais indicado.
A seguir, vamos explorar os conceitos de forma clara, didática e embasada, para que você possa tomar decisões mais informadas sobre o que está colocando no seu copo.
Água filtrada: a mais acessível para o dia a dia
A água filtrada é provavelmente a mais comum nos lares brasileiros. Ela é obtida a partir da água da rede pública de abastecimento, que já passou por tratamento básico nas estações da companhia de saneamento da região. No entanto, ao chegar à residência, ainda pode conter resíduos como cloro, metais pesados e partículas em suspensão. Por isso, o uso de filtros domésticos é importante.
Os filtros, que podem ser de carvão ativado, cerâmica ou outros materiais, têm como função principal reter impurezas e melhorar o sabor e o odor da água. Contudo, eles não têm a capacidade de eliminar completamente todos os contaminantes, como vírus ou bactérias microscópicas.
A água filtrada é segura para o consumo desde que o filtro esteja em boas condições e seja trocado periodicamente. É uma alternativa prática, econômica e sustentável, pois reduz o consumo de garrafas plásticas.
Água purificada: quando a pureza vai além do filtro
A água purificada passa por processos mais rigorosos do que a simples filtragem. Existem diferentes métodos de purificação, como a osmose reversa, a destilação e a deionização. Esses processos conseguem remover até 99% das impurezas, incluindo micro-organismos, sais minerais e metais pesados.
Por ser praticamente livre de minerais, a água purificada é muito usada em ambientes hospitalares, laboratórios, indústrias e por pessoas com necessidades específicas de saúde. No entanto, seu uso como água de consumo diário é alvo de controvérsias.
Alguns especialistas argumentam que a ausência de minerais pode tornar a água purificada menos benéfica para o corpo humano no longo prazo, já que ela não contribui com nutrientes como cálcio e magnésio. Por isso, apesar de ser extremamente pura, ela pode não ser a melhor opção para todos os públicos.
Água mineral: direto da natureza, com composição única
A água mineral é aquela proveniente de fontes naturais ou subterrâneas, com composição físico-química constante e rica em sais minerais. Ao contrário das águas tratadas, ela não passa por processos artificiais de purificação, exceto a filtração para remoção de resíduos sólidos.
O grande diferencial da água mineral é justamente a presença de minerais essenciais para o organismo, como cálcio, magnésio, potássio e bicarbonato, que variam conforme a origem da fonte. Esses elementos podem contribuir com a saúde óssea, equilíbrio eletrolítico e até com a digestão.
É importante destacar que a água mineral precisa ser envasada diretamente na fonte, conforme estabelecido pela legislação brasileira. Além disso, seu rótulo deve informar a composição química e as propriedades da água, o que permite ao consumidor escolher a mais adequada às suas necessidades.
Por sua origem natural e composição única, a água mineral é frequentemente considerada uma das melhores opções para o consumo diário. No entanto, o preço mais elevado e o uso de embalagens plásticas ainda são pontos que merecem atenção.
Água mineral natural x água adicionada de sais: atenção aos rótulos
É comum encontrar nas prateleiras águas rotuladas como "água adicionada de sais". Elas são produzidas a partir da água potável comum, que recebe uma adição controlada de sais minerais para melhorar o sabor. Apesar de serem parecidas com a água mineral, elas não são consideradas naturais e não oferecem o mesmo perfil de pureza e composição original.
Essa distinção é importante para o consumidor que busca os benefícios da água mineral, já que a versão adicionada de sais pode ter composição instável e menor valor nutricional.
Qual a melhor água para o consumo diário?
A resposta depende de diversos fatores, como necessidades nutricionais, condições de saúde, orçamento e preocupações ambientais. Para a maioria das pessoas, a água filtrada de boa qualidade já é suficiente para manter a hidratação e a saúde em dia, especialmente se o sistema de filtragem estiver em boas condições.
Por outro lado, quem busca uma opção com valor nutricional agregado pode preferir a água mineral, especialmente aquelas com maior concentração de cálcio e magnésio. Já a água purificada pode ser indicada para situações específicas, como em casos de imunossupressão ou uso industrial, mas não é necessariamente a mais indicada para todos os públicos no dia a dia.
Cuidados importantes na escolha da água
Independentemente da escolha, alguns cuidados são essenciais:
- Verifique sempre a procedência e a certificação do produto.
- No caso de filtros, siga as instruções do fabricante para manutenção.
- Prefira embalagens de vidro ou recipientes reutilizáveis para reduzir o impacto ambiental.
- Em viagens, opte por águas engarrafadas seguras, principalmente em locais sem saneamento adequado.
Entender as diferenças entre água filtrada, purificada e mineral é fundamental para fazer escolhas conscientes e adequadas à sua realidade. A água filtrada é prática e acessível; a purificada oferece alto grau de pureza, mas com quase nenhum mineral; já a água mineral combina segurança com benefícios nutricionais naturais.
Ao equilibrar custo, qualidade e benefícios para a saúde, o consumidor pode optar pela alternativa que melhor atende às suas necessidades e contribuir para um estilo de vida mais saudável e sustentável. Afinal, mais do que matar a sede, a água que escolhemos tem impacto direto na nossa saúde e no meio ambiente.