BILANZ
MPF e PF deflagram operação contra fraudes milionárias na Unimed Cuiabá
Foram cumpridos mandados de busca e apreensão, afastamento de sigilos telemático, financeiro e fiscal, além do sequestro de bens dos investigados
30 de Outubro de 2024, 14h36
O Ministério Público Federal (MPF) em Mato Grosso, em parceria com a Polícia Federal (PF), informa que foi deflagrada hoje a operação 'Bilanz', que tem como foco esclarecer possíveis irregularidades envolvendo a Unimed Cuiabá, durante a gestão do quadriênio 2019-2023, e os principais alvos foram contra Rubens Carlos de Oliveira Jr. e Eroaldo Oliveira, ex-presidente e ex-CEO da Unimed Cuiabá.
A investigação identificou indícios de práticas ilícitas relacionadas à gestão financeira e administrativa da entidade, incluindo a apresentação de documentos com graves irregularidades contábeis à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que ocultaram um déficit de cerca de R$ 400 milhões no seu balanço patrimonial de 2022.
Estão sendo apurados os crimes de falsidade ideológica, estelionato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Como parte das medidas investigativas, o MPF requereu o cumprimento de mandados de busca e apreensão, afastamento de sigilos telemático, financeiro e fiscal, além do sequestro de bens dos investigados.
A Justiça Federal autorizou as medidas solicitadas e, ainda, decretou a prisão temporária de seis investigados, todos ex-administradores e prepostos da entidade. As diligências estão sendo cautelosamente executadas pela Polícia Federal nos estados de Mato Grosso e Minas Gerais.
O MPF e a Polícia Federal reafirmam seu compromisso com o combate à criminalidade econômico-organizada e a promoção da integridade na administração de operadoras de saúde. As autoridades manterão o público informado sobre os desdobramentos da operação, respeitando os limites legais de divulgação.