O resultado é de amargar. Segundo dados da pesquisa Síntese de Indicadores Sociais 2012, divulgados esta semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o índice de analfabetismo em Mato Grosso é de 262 mil pessoas, o que corresponde a 8,96% da população com mais de cinco anos de idade. Esses dados colocam o estado em primeiro lugar no ranking da região Centro- Oeste com o maior índice de analfabetos.

Se comparado com todos os estados brasileiros, Mato Grosso está em 17° lugar. No Estado, pelo menos 16,5% da população com mais de 25 anos de idade não tem instrução e frequentaram por menos de um ano uma unidade de ensino.

Apenas 15,5% da população com essa idade frequentou uma escola por mais de 12 anos, ou seja, chegou ao final do ensino médio. Os dados do IBGE revelam que, em 2001, 10,2% da população com mais de 15 anos de idade da região Centro-Oeste eram analfabetas.

Em 2011 esse índice caiu para 6,3%. Do total de analfabetos de 15 anos ou mais no Brasil, 50,7% têm de 25 a 59 anos de idade, representando mais de 6,5 milhões de pessoas.

REDUÇÃO

Segundo o IBGE, o índice de analfabetismo entre as pessoas de 15 anos ou mais também reduziu no Brasil nos últimos dez anos, a proporção de pessoas que não sabiam ler nem escrever reduziu em 31%, passando de 12,1% em 2001 para 8,6% em 2011.

A maior queda no índice de analfabetismo se deu entre os jovens de 15 a 24 anos de idade, cuja taxa passou de 4,2% para 1,5% no período considerado. A redução desse índice também foi alta entre as pessoas de 25 a 59 anos de idade, que caiu de 11,5% para 7,0%.

No ano passado, 8,8% dos homens nessa faixa etária eram analfabetos. Entre as pessoas de cor preta ou parda, 11,8% não sabiam ler nem escrever, enquanto entre as de cor branca, esse percentual cai para menos da metade, com 5,3%.

Na Região Nordeste, do total da população acima de 15 anos, 16,9% eram analfabetos. Na Região Norte, o índice chegou a 10,2%, e nas áreas rurais do país, a 21,2%.

Apesar da redução, os índices de analfabetismo no país ainda são altos na camada da população com mais de 60 anos, que registra 24,8% de analfabetos.