A Desembargadora de Mato Grosso Adenir Alves da Silva Carruesco concorre hoje ao cargo de Ministra do Tribunal Superior do Trabalho. O TST é composto por 27 ministros, e possui as funções de uniformizar a jurisprudência entre os 24 Tribunais de Regional do Trabalho, além de preservar a integridade da legislação infraconstitucional.

Dos 27 Ministros, o TST conta com apenas 7 mulheres. E novamente reacende a discussão sobre a composição da cúpula do Poder Judiciário.

Essa realidade, voltada pela composição masculina do Poder Judiciário constitui uma questão que se concretiza em todas as Cortes Superiores de Justiça. Basta observar que atualmente o Supremo Tribunal Federal possui apenas uma única Ministra.

E foco representativo é ainda mais claro quando observamos a quebra da igualdade racial, uma questão que apenas é evidenciada quando se avalia a composição dos órgãos de Poder, mas que é uma questão estrutural para a qual não se pode fechar os olhos.

Adenir Carruesco é fundadora do projeto Justiça Ativa Pela Equidade Racial – JAER que busca a adoção de medidas concretas voltadas à promoção da equidade racial no ambiente de trabalho. É uma ação voltada à sociedade, mas que também deve refletir uma postura no âmbito da própria administração pública.

Atendendo ao previsto na Constituição Federal, o Pleno da corte trabalhista se reunirá, no próximo dia 11 de novembro, para escolher, por escrutínio secreto, a lista tríplice que será encaminhada ao presidente da República, a quem cabe a indicação dos integrantes dos Tribunais Superiores.

A pessoa indicada será sabatinada pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal, e, após a aprovação pela Comissão, o nome será submetido ao plenário do Senado Federal antes da nomeação.