CAMILA DELGADO
Compulsão alimentar e as emoções
04 de Junho de 2020, 10h16
A ansiedade, depressão e outros traumas podem gerar diferentes respostas aos hábitos de vida, um deles é o Transtorno de Compulsão Alimentar (TCA). Algumas pessoas direcionam suas tristezas e anseios em vícios como drogas, álcool e a comida.
Se procurar um nutricionista para tratar compulsão, saiba que você ira precisar muito mais do que isso. O psicólogo tem o papel fundamental nesse processo.
A compulsão é um distúrbio alimentar provocado pela necessidade de comer mesmo quando não se sente fome, facilitando o excesso de peso no indivíduo. No sistema nervoso central, a leptina interage como receptor hipotalâmico, favorecendo a saciedade. Indivíduos obesos têm maiores concentrações deste hormônio e apresentam resistência à sua ação.
Os peptídeos intestinais, combinados a outros sinais, podem estimular (grelina) ou inibir (leptina) a ingestão alimentar.
A leptina é produzida pelo tecido adipócito. Existem dois tipos de receptores para a leptina, os de cadeia longa (maior quantidade de aminoácidos) e os de cadeia curta (menor quantidade de aminoácidos) encontrados no pâncreas. A leptina reduz o apetite a partir da inibição da formação de neuropeptídeos relacionados ao apetite.
A grelina é um peptídeo produzido nas células do estômago e está diretamente envolvida na regulação do balanço energético e ingestão alimentar.
O psicólogo é de grande importância para o tratamento do TCA. Como a compulsão vem de um estimulo produzido em nosso sistema nervo, é preciso tratar mais a fundo para identificar os gatilhos e fatores que desencadeiam este comportamento.
No entanto, alguns alimentos podem ajudar na saciedade. Entre eles se destacam o gengibre, abacate, pimenta-caiena, maçã, ovo, batata-doce e linhaça.
Camila Delgado é nutricionista com especialidade em nutrição esportiva.