LOCKDOWN
MPF requer que Prefeitura se abstenha de medidas para reabertura do comércio local
Ação Civil Pública exclui funcionamento de atividades não essenciais enquanto durar pandemia
05 de Junho de 2020, 10h17
O Ministério Público Federal (MPF) requer, por meio de Ação Civil Pública na Justiça Federal, que a Prefeitura de Rondonópolis seja obrigada a se abster de adotar qualquer medida que autorize o funcionamento de atividades não essenciais. A normalidade das atividades econômicas em Rondonópolis, segundo o proposto na ação junto à Justiça, não pode ser permitida sem a prévia apresentação de justificativas técnicas fundamentadas
Ou seja: deve ser imposto o fechamento do comércio local não essencial enquanto durar o estado de emergência de saúde pública, decorrente da pandemia de Covid-19. Para o MPF, a estrutura do município para fazer frente a pandemia da Covid-19 é precária, por isso, a necessidade de se abster de qualquer medida que autorize o funcionamento de atividades não essenciais nesse período.
A Ação Civil Pública foi ajuizada no dia 22 de maioe até ontem (4) o pedido de tutela de urgência não foi julgado. Porém, no último dia (3/6), MPF requereu o julgamento imediato do pedido de tutela de urgência. Ainda é requerido que o Município tome todas as providências necessárias que venham suspender as atividades não essenciais em seu território, até que prove, inclusive através de pareceres e protocolos de seus órgãos de vigilância em saúde, que a suspensão das atividades não essenciais no município é desnecessária para assegurar a regulação do funcionamento do SUS no município, prestação adequada de atendimento médico-hospitalar aos pacientes contaminados pela Covid-19, ou seja, principalmente os leitos de UTIs, e a prestação de adequado atendimento médico-hospitalar a pacientes com outros agravos.
Outro fato que reforça a ação é que o Município não conseguiu credenciar junto ao SUS, segundo o apurado, dez leitos de UTIs para Covid-19, que sustenta manter na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), provisoriamente até reforma do Hospital Municipal Dr. Antônio dos S. Muniz. Segundo o MPF, tal informação já foi objeto de questionamento à Secretaria de Saúde do Município, sobretudo para se aferir a regularidade das desabilitações noticiadas, o que está pendente de resposta. Com informações de Roberto Nunes, do A Tribuna.