Empresários, lojistas, comerciantes... Quem sobrevive com a venda de produtos e serviços já começa a se queixar do que consideram ser “excesso” por parte da fiscalização municipal de Rondonópolis. Desde a última semana, com a publicação do mais recente Decreto, a reabertura parcial permitiu que algumas atividades voltassem à ativa após o fechamento por conta do novo coronavírus. O retorno, porém, tem rendido muita confusão.  

Os motivos são: boa parte ainda não sabe como, nem sequer se pode, voltar à normalidade. Além disso, há o temor de um novo fechamento a ser decretado nos próximos dias (o Decreto municipal vale até a próxima quarta-feira). Somando à incerteza, órgãos de fiscalização tem percorridos os estabelecimentos e aplicado punições aos trabalhadores.

Nesta semana, Buxixo recebeu a informação de uma barbearia localizada na Avenida Brasil. O estabelecimento foi interditado pela fiscalização no último fim de semana. Em uma série de vídeos, o proprietário se defendeu, disse que só estava atendendo clientes com hora marcada, um por vez e sem aglomeração, respeitando as medidas de segurança e higiene estabelecidas como condições para a reabertura do comércio local. Não adiantou, pelos próximos dias ele não poderá trabalhar.

Hoje (6) pela manhã, equipes da fiscalização visitaram lojas de materiais de Construção. Uma grande rede de Rondonópolis também precisou fechar as portas. Em um grupo de troca de mensagens, outros empresários saíram em defesa. De certo, culpar apenas o comércio pela possível propagação do vírus não tem agradado ao setor. “Engraçado que durante o final de semana locais de grande aglomeração, como o Cais aqui em Rondonópolis, estavam cheios de gente. Todo mundo junto, reunido, praticando esporte, tendo seu lazer. Uma aglomeração, de fato. Um dia depois, a Prefeitura monta uma ação e mira a nós comerciantes”, diz um empresário local.

Segundo boletim de Saúde divulgado na tarde de hoje (6), Rondonópolis registra 7 casos confirmados de coronavírus no município. Casos suspeitos somam 72.