VÍTIMA ESTAVA "AMARRADA"
Cadáver de homem com marcas de tortura encontrado em zona rural era de ex-presidiário
Conforme apurou a reportagem, vítima respondia por dois artigos do Código Penal, sendo por lesão corporal e grave ameaça
06 de Julho de 2020, 15h52
O corpo do homem encontrado na última quinta-feira (02), entre as regiões rurais da Grota Seca e Campo Limpo, no município de Rondonópolis (a 214 km de Cuiabá), foi identificado como sendo de Max Sandro da Silva Queiroz, de 21 anos, ex-presidiário da Penitenciária Regional Major Eldo de Sá Correa (Mata Grande).
O homem estava com mãos e pés amarrados, indicando sinais de tortura, além de marcas provenientes de suposta sessão de espancamento e uma sacola na cabeça, que pode ter provocado sua asfixia.
Segundo o perito que atendeu a ocorrência, Francisco Morais, ainda havia pedaço de varal de aço para prender as mãos e pés da vítima.
Conforme apurou a reportagem, Max respondia pelos crimes dos artigos 147 e 129 do Código Penal (CP), sendo configurados como lesão corporal e grave ameaça, respectivamente, seja esta última por palavra ou gesto, ou qualquer ou meio simbólico. Se juntadas, as penas podem chegar a um ano e seis meses de detenção, e em caso de reclusão, regime de cinco anos.
Encontro do cadáver
O cadáver foi encontrado em uma estrada de terra por funcionários de uma fazenda da região, que avisaram o patrão. O fazendeiro acionou a Polícia Militar (PM), que, juntamente com os demais órgãos de segurança, compareceu ao local.
A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) desconfia que a morte do homem foi provocada por asfixia, já que uma sacola plástica estava enrolada na cabeça. O corpo, que estava com as mãos e pés amarrados, apresentava várias lesões. A calça da vítima estava arriada até os joelhos.
O perito que atendeu o caso acredita que a execução aconteceu em outro lugar. Apenas depois da morte do homem, os criminosos o jogaram na região.
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