Paralisação
No 4º dia de greve, profissionais de enfermagem fazem passeata pelas ruas de Rondonópolis
Reivindicação é por reajuste salarial e redução da jornada de trabalho.
08 de Julho de 2013, 12h05

No 4º dia de paralisação em Rondonópolis, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem realizaram na manhã desta segunda-feira (8) uma passeata pelas ruas da cidade. Profissionais locais, que aderiram à greve na última sexta-feira (5), reivindicam por aumento de salário, redução da carga horária de trabalho e cesta básica mensal.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Profissionais de Enfermagem da região sul (Sinpen), Ivair Souza, já na sexta (5), o Tribunal Regional do Trabalho de Mato Grosso, decidiu em audiência com os profissionais diminuir o percentual de enfermeiros de hospitais que devem trabalhar durante a greve. "No mínimo 50% dos enfermeiros devem atuar nas UTIs e CTIs e 30% nos centros cirúrgicos, pronto atendimento e pronto-socorro", disse. Anteriormente, a obrigação era de manter 70% e 50% do quadro em atividade, respectivamente.
Apesar da medida, Ivair revela que, por conta do ato, muitos funcionários estão sendo repreendidos nas unidades hospitalares onde exercem a profissão.
Ainda hoje, a partir das 13h, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem ficarão mobilizados em frente à Santa Casa de Misericórdia de Rondonópolis.
GREVE POR TEMPO INDETERMINADO
"Enquanto não houver negociação, greve é por tempo indeterminado", informou o presidente do Sinpen.
Profissionais cobram reajuste do piso salarial dos enfermeiros, de R$ 1.627 para R$ 2 mil, além de aumento de valor da cesta básica, que hoje é de R$ 120. Para os técnicos de enfermagem, a reivindicação é de aumento do piso salarial de R$ 827 para R$ 1 mil e redução da carga horária de 44 para 30 horas semanais.
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