Castigo

Esgoto no rio causa prisão de funcionário, polícia procura presidente e diretor técnico do Sanear

Hermes Ávila foi preso hoje a tarde após os policiais descobrirem que o lançamento de esgoto no Rio Vermelho continuava

por Eduardo Ramos e Danielly Tonin

09 de Maio de 2012, 16h50

Esgoto no rio causa prisão de funcionário, polícia procura presidente e diretor técnico do Sanear
Esgoto no rio causa prisão de funcionário, polícia procura presidente e diretor técnico do Sanear

Hermes Ávila (Foto: Marcos Magalhães)A Polícia Civil prendeu em flagrante agora a tarde o engenheiro e servidor público concursado Hermes Ávila, acusado de responsabilidade no lançamento de esgoto sem tratamento no Rio Vermelho. Ele deve ser transferido ainda hoje para a Cadeia Pública de Rondonópolis, mas os policiais continuam nas ruas com ordem para prenderem também o diretor técnico do Sanear, Júlio Goulart, e a presidente da autarquia, Terezinha Silva.

As prisões foram determinadas após uma nova vistoria feita pela equipe da Politec na estação de tratamento de esgoto. Os policias foram averiguar uma denúncia feita pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Sema), que já havia multado o Sanear no último final de semana em R$ 25 milhões após a descoberta do lançamento de mais de 60 milhões de litros de esgoto sem tratamento no Rio Vermelho.

O primeiro pedido de prisão dos diretores do Sanear, feito ainda no final de semana pela promotora plantonista Ivonete Bernardes, havia sido negado pela Justiça. No entanto os diretores do Sanear já haviam sido advertidos do risco de prisão caso houvesse novos lançamentos de dejetos no Rio Vermelho.

"Ao visitar o local a equipe da Politec constatou a veracidade da denúncia. O esgoto continuava sendo jogado no Rio", revelou o delegado regional Percival Eleutério.

A Polícia Civil já abriu um inquérito que corre sob a responsabilidade do delegado Henrique Meneguelo. Segundo ele, cerca de vinte policiais estão neste momento fazendo buscas pela cidade na tentativa de localizar e prender o diretor técnico Júlio Goulart, e a presidente do Sanear, Terezinha Silva. Conforme informações, a pena para esse tipo de crime é vai de um a cinco anos de reclusão e a fiança só pode ser arbitrada através de ordem judicial.