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Moradores e comerciantes reclamam de ecoponto próximo à avenida Goiânia
No local, segundo testemunhos de moradores, são jogados todo tipo de lixo, até animais mortos, e em grande quantidade
05 de Novembro de 2012, 11h41

Um ecoponto localizado próximo à avenida Goiânia, no bairro Jardim Tropical, tem causado transtorno para moradores e comerciantes da vizinhança. O mau cheiro e as constantes queimadas do lixo acumulado no local são os principais causadores do incômodo.
No local, segundo testemunhos de moradores, são jogados todo tipo de lixo, até animais mortos, e em grande quantidade. Enquanto realizávamos as entrevistas, uma pá carregadeira da Companhia de Desenvolvimento de Rondonópolis (Coder) realizava o trabalho de limpeza das ruas que cercam o ecoponto, empurrando o lixo depositado nas calçadas para dentro do ecoponto.
Uma dona-de-casa que mora próximo ao local e preferiu não ser identificada pela reportagem nos afirmou que o problema começou quando um guarda que trabalhava no local foi dispensado pela prefeitura. "Antes, ali tinha guarda e portão e tudo ficava organizado, ninguém jogava os lixos que não podiam ali. Desde que o ecoponto ficou sem o guarda, todo mundo joga o que quer ali e virou essa bagunça", disse a revoltada moradora.
Já o pequeno empresário José Leite, que tem uma distribuidora de gás e água à menos de uma quadra do ecoponto, afirma que tem convivido com o mau cheiro e a fumaça que resulta das queimadas do lixo colocados no ecoponto, que tem sido usado com um verdadeiro "lixão". "Já perdi uma funcionária por conta da fumaça que invade aqui quando o pessoal pôe fogo no ecoponto. Ela sofre de renite alérgica e toda vez que alguém punha fogo, eu tinha que dispensar ela", afirmou.
Para ele, a solução para o caso é mudar o ecoponto de local. "Tem que ter aonde o pessoal jogar o seu lixo, mas tem que ser em algum local mais afastado. Aqui mesmo, quando foi instalado esse ecoponto, não havia casas em volta, mas o bairro se desenvolveu e hoje ele virou um problema", alertou.
Projetados originalmente para receber lixo de pequena monta e de origem doméstica, como restos de podas de árvores, móveis velhos, pequenas quantidade de entulho de construção, os ecopontos têm sido usados por empresas que jogam todo tipo de lixo comercial e industrial, entulhando e superlotando os locais.
Outro lado - Entramos em contato com o secretário Municipal de Meio Ambiente, Almir Araújo, que nos informou que sua secretaria já trabalha com a ideia de retirar o ecoponto do local onde está, mas para tanto é preciso encontrar uma área pública nas redondezas para instalá-lo. "Esse área tem que ser pública e próxima, para não criarmos um novo problema para a cidade daqui a a 2, 3 anos", defendeu.
Ainda segundo o secretário, o grande acúmulo de lixo no local se deve à empresas, como mercados e borracharias, que seriam os principais causadores da superlotação dos ecopontos. Ao todo a cidade conta com seis ecopontos e todos apresentam problemas semelhantes.