na luta
Enfermeiros entram em greve por melhores salários
Eles reivindicam aumento em seus salários, uma cesta básica mensal no valor de R$ 200 e o aumento do número de folgas do trabalho
05 de Julho de 2013, 16h38

Os enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem de Rondonópolis entraram em greve nessa sexta-feira, 5. Eles reivindicam aumento em seus salários, uma cesta básica mensal no valor de R$ 200 e o aumento do número de folgas do trabalho.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Profissionais de Enfermagem da região sul (Sinpen), Ivair Souza, a categoria já teve uma primeira reunião com representantes dos donos de hospitais, que ofereceram um aumento de apenas 3%, o que não aceito pelos enfermeiros. "Esse aumento, para a maioria dos salários, significaria um aumento de R$ 30, o que é muito pouco. Nós vamos ter uma audiência de conciliação no TRT (Tribunal Regional do Trabalho) em Cuiabá e vamos ver se aceitam nossa reivindicação, senão, ficaremos em greve por tempo indeterminado, até que consigamos melhorias em nossos salários", afirmou.
Ainda de acordo com o sindicalista, um auxiliar de enfermagem ganha hoje cerca de R$ 680, um técnico na área tem um piso de R$ 850, enquanto que um enfermeiro, que é um profissional de nível superior, ganha R$ 1.700. "Nós estamos pedindo um salário de R$ 850 para os auxiliares, R$ 1 mil para técnicos e, de R$ 2 mil para enfermeiros. Não é muito, pelo tamanho da responsabilidade e importância desses profissionais", defendeu Ivair Souza.
Eles também reivindicam uma cesta básica de R$ 200, o que segundo o líder dos enfermeiros, já é concedida aos profissionais da capital Cuiabá.
Os profissionais estiveram reunidos em frente ao prédio da Santa Casa, de onde saíram em passeata até o Hospital Regional, foram dali até o Pronto Atendimento Infantil, onde encerraram o seu ato. Durante a tarde, eles novamente se aglutinaram na praça que fica ao lado da Santa Casa. Durante o período em que estiverem em greve, 70% dos profissionais continuarão trabalhando normalmente nas UTIs, 50% deles nos centros cirúrgicos e outras áreas hospitalares.