EVOLUÇÃO

Rondonópolis é destaque no Encontro Estadual dos Tabeliães de Protesto

Conforme Aureo Candido, foi uma ótima oportunidade de trocar conhecimentos com os demais participantes

por Da redação

15 de Abril de 2024, 16h25

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Divulgação

O município de Rondonópolis prestigiou o I Encontro Estadual dos Tabeliães de Protesto, com uma participação efetiva do Cartório do 4º Ofício, representado pelo tabelião Aureo Candido Costa, a escrevente Rosemeri Kolling e o responsável pelo sistema de informática Reginaldo Mestrinel. O evento foi realizado pelo Instituto de Estudos de Protesto de Títulos do Brasil Seção Mato Grosso (IEPTB-MT), nestes dias 12 e 13 de abril, no Gran Odara Hotel, em Cuiabá, reunindo tabeliães e profissionais de todo o Mato Grosso, com convidados nacionais.

Aureo Costa, Rosemeri e Reginaldo abordaram a evolução do protesto em uma mesa redonda no evento, com o tema “A trajetória do protesto no estado de Mato Grosso”. Além deles, participaram das explanações a tabeliã do 2º Ofício de Canarana, Cristina Cruz Bergamaschi; o desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso Orlando Perri; o procurador do Estado de Mato Grosso Yuri Robson Nadaf Borges; e o coordenador financeiro do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-MT), Dawson Carvalho Corrêa. O painel foi mediado pela tabeliã do 2º Ofício de Primavera do Leste, Velenice Dias de Almeida.

Em sua participação, Aureo Costa fez um retrospecto do protesto em Rondonópolis, desde a fase em que eram todos manuscritos, passando pela datilografia, até chegar na era da informática. O primeiro protesto por ele lavrado ocorreu em 28/09/1971. O tabelião observou que hoje o Cartório do 4º Ofício opera o protesto de forma totalmente informatizada, num dos melhores sistemas do Brasil. Exemplificou que, nesta segunda-feira (8/4), recebeu 1.700 títulos, sendo que das 8h às 9h15, já estava tudo pronto. No geral, tem a capacidade de atender até 8 mil títulos por dia, graças a um sistema rápido e confiável.

Em respaldo ao tabelião, Reginaldo Mestrinel destacou que o Cartório do 4º Ofício tem sido pioneiro em tecnologias, sempre buscando ser o primeiro a implantar inovações nessa área. Nisso, pontuou que a serventia em questão foi a primeira, ou um dos primeiros cartórios do Estado, a colocar em funcionamento o CENPROT, que atua como centralizador e integrador de todos os títulos na esfera nacional.

A escrevente Rosemeri Kolling, por sua vez, enfatizou que essa trajetória exitosa tem o trabalho de toda uma equipe, somando forças. Assim, reforçou que, por trás desse sucesso, existe um chefe que é um pai que providencia tudo que é necessário para um bom trabalho, desde impressoras que funcionam bem até um sistema de TI disponível 24 horas por dia.

Entre os demais participantes da mesa redonda, o desembargador Orlando Perri destacou que, quando atuou como corregedor, expediu um provimento permitindo o protesto das certidões de dívidas ativas. Segundo ele, o ato foi pensando na alta quantidade de processos judiciais. Conforme o magistrado, à época, 100 mil novas ações estavam previstas para serem ajuizadas, o que o fez permitir o protesto que, em suas palavras, é o instrumento mais eficiente na recuperação de créditos.

Dawson Carvalho, do Crea-MT, externou que o protesto eletrônico foi um divisor de águas. “Antes o trâmite era muito moroso e, hoje, o devedor nos procura em dois dias, haja vista que o cartório já o intima no dia seguinte à apresentação do título”.

O procurador do Estado Yuri Robson registrou que houve um marco na história do Estado, que é a possibilidade de protestar CDA. “Com a ajuda dos cartórios, estamos cobrando as CDAs, desafogando o Judiciário. O trabalho realizado pelas serventias é de fundamental importância para nós”.

Por sua vez, a tabeliã do 2º Ofício de Canarana, Cristina Bergamaschi, exaltou que é de extrema importância trabalhar após a lavratura do protesto. “Penso que devemos divulgar, e já estamos trabalhando nesse sentido, que é entrar em contato com o devedor e avisá-lo da necessidade de cancelar o protesto. Com isso, nossa receita aumentou 18%”, resumiu.

Nesses dois dias, o encontro debateu, em diversas palestras e mesas redondas, os temas mais relevantes para a atividade dos tabeliães de protesto de Mato Grosso. Conforme Aureo Candido, foi uma ótima oportunidade de trocar conhecimentos com os demais participantes, servindo para o aprimoramento da atividade.