2014

Sanear se prepara para 'taxa do lixo' e anuncia investimentos para melhorar serviços

Centro de Processamento de Dados já foi reforçado, outras metas são implantação do aterro sanitário e ampliação do parque de máquinas

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21 de Janeiro de 2014, 06h10

Sanear se prepara para 'taxa do lixo' e anuncia investimentos para melhorar serviços
Sanear se prepara para 'taxa do lixo' e anuncia investimentos para melhorar serviços

Reforço e modernização da frota vão agilizar atendimento, diz Têmis de OliveiraO Serviço de Saneamento de Rondonópolis (Sanear) já iniciou os preparativos para a implantação da taxa de lixo, mas ainda não tem data definida para o início da cobrança. Em entrevista ao site GazetaMT, o presidente da autarquia, Temis de Oliveira, disse que o primeiro passo é fazer a ligação entre as centrais de processamento de dados do Sanear e da Secretaria Municipal de Planejamento que utilizam softwares (programas de computador) diferentes. A medida é necessária porque a taxa será cobrada de acordo com o tamanho da área construída nos imóveis atendidos com a coleta de lixo.

Segundo Temis, os investimentos começaram ainda no ano passado com a aquisição de mais computadores, reforço na segurança e na capacidade de armazenamento de dados; e também o desenvolvimento de programas específicos capazes de fazer a interação entre os dois sistemas.

As medidas já permitem a gravação de todas as ligações feitas para o serviço de atendimento telefônico gratuito (0800- 647 2442), mesmo em caso de pane prolongada na rede de energia elétrica. A autarquia também contratou empresas especializadas para garantir o funcionamento dos serviços online e a recuperação dos dados em qualquer eventualidade.

"Agora estamos na fase de testes, para ajustar os registros dos clientes do Sanear ao cadastro de imóveis da Prefeitura. Não temos pressa, se for preciso testaremos individualmente para evitar o risco de erros na cobrança", disse Têmis.

O presidente do Sanear reconheceu que o cadastro da Prefeitura pode estar desatualizado, já que muitos proprietários demoram para comunicar reformas ou ampliações nos imóveis. "Se isso ocorrer, a cobrança será para menor e o cidadão não será prejudicado. Com o tempo, a tendência é diminuir essa divergência entre o que está registrado e o real, tornando a cobrança da taxa mais eficiente", avalia.

Aterro e frota maior
A lei aprovada no ano passado pela Câmara prevê taxas diferenciadas conforme o tamanho, classificação do imóvel e o tipo de lixo gerado. Para as residências a cobrança será de R$ 0,09 por metro quadrado, chegando a R$ 0,10 por m2 nos imóveis comerciais e industriais que produzem lixo comum. No caso das empresas que geram resíduos orgânicos, a taxa será de R$ 0,15 por m2. O texto prevê ainda uma tabela diferenciada para as empresas que produzem lixo tóxico ou contaminante e já têm coleta própria ou terceirizada.

Temis destaca que o prefeito Percival Muniz (PPS) já solicitou que toda a renda da taxa do lixo seja reinvestida para melhorar os serviços prestados e cumprir o Plano Municipal de Saneamento, que deve ficar pronto até o final deste semestre. Além de ampliar o atendimento, será preciso viabilizar a implantação de sistemas de coleta seletiva e reaproveitamento do lixo.

Outro desafio é a implantação do aterro sanitário, uma exigência do Governo Federal que poderá acarretar até o bloqueio de recursos para os municípios que não se adequarem até o final do ano. "Já temos algumas áreas em vista e até licença ambiental. O aterro sanitário de Rondonópolis ficará pronto dentro dos prazos governamentais", garante.

A ampliação e modernização do parque de máquinas é outra meta do Sanear para 2014. A maior preocupação neste caso é melhorar a eficiência nos serviços de reparo na rede de água e se preparar para o aumento da demanda por manutenção na rede esgoto - que chegou a 52% da população no ano passado e deve alcançar 84% de cobertura até o final deste ano.

"Nos próximos dias receberemos já alguns caminhões e outras máquinas. Um das novidades é a aquisição de retroescavadeiras menores, que, além de um custo de operação mais baixo, também são mais leves e podem fazer os reparos com o mínimo de danos em ruas e calçadas. São mais rápidas e econômicas", antecipou Têmis.

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