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Senador embarca para Tóquio e Moscou buscando ampliar a exportação e implantação de ferrovia em MT

Wellington acompanhará comitiva do Ministério da Agricultura para ampliar a exportação de gado in natura e fechar acordos comerciais

por GazetaMT

30 de Junho de 2015, 13h45

Senador embarca para Tóquio e Moscou buscando ampliar a exportação e implantação de ferrovia em MT
Senador embarca para Tóquio e Moscou buscando ampliar a exportação e implantação de ferrovia em MT

Wellington acompanhará comitiva do Ministério da Agricultura para ampliar a exportação de gado in natura e fechar acordos comerciais que beneficiarão frigoríficos brasileiros

O senador Wellington Fagundes (PR/MT) embarca nesta terça-feira (30.06) para Tóquio e Moscou, junto à ministra da Agricultura, Kátia Abreu. Wellington foi convidado pela ministra a integrar comitiva que tem como objetivo ampliar a participação do Brasil em dois dos mais importantes mercados internacionais. Ainda em Moscou, o senador republicano pretende se reunir com líderes chineses, durante reunião de chefes de Estado que integram o BRICS - bloco formado por Brasil, Russia, India, China e Africa do Sul - para discutir detalhes e avançar na discussão sobre a implantação da Ferrovia Biocêanica.

Representante do Senado na comitiva ministerial, Wellington Fagundes disse que a viagem é uma grande oportunidade para lidar com os interesses do país. Ele exaltou os números da produção de gado em Mato Grosso, ao afirmar que a comitiva buscará ampliar ainda mais a vazão do imenso potencial produtivo do país, em especial de seu Estado.

 "Mato Grosso é um Estado próspero na pecuária, que literalmente coloca carne nos pratos do mundo todo, no último ano o Estado registrou a maior produção do país com 1.3 milhão de toneladas de carne, o que representou 16,5% de toda a produção nacional no período", argumentou, afirmando ainda que todos os Estados ganharão com a iniciativa da ministra.

O senador acredita que será possível desentravar a exportação de carne bovina in natura, no Japão, e tratar da abertura de uma lista de frigoríficos brasileiros pré-autorizados a exportar para a Rússia, que integra a pauta das reuniões previstas com autoridades e empresários japoneses e russos.

Segundo o parlamentar, o Brasil foi, nos últimos anos, o maior exportador global e possui os maiores rebanhos comerciais do planeta, com cerca de 200 milhões de cabeças bovinas. "E agora é o momento de ampliarmos o campo dos negócios com esses países, já que o consumo de carne, no mundo, aos próximos 50 anos, deve aumentar em mais da metade do que é hoje", ressaltou.

Portas Abertas

A ministra Kátia Abreu esteve nesta segunda-feira (29), nos Estados Unidos, para tratar também da exportação de carnes. O país norte-americano garantiu a liberação da importação de carne in natura de 13 estados brasileiros e do Distrito Federal, encerrando uma restrição de 15 anos.

Segundo dados do Ministério, a medida favorecerá a 95% da agroindústria exportadora brasileira. "Temos que persistir obstinadamente em praticar uma defesa agropecuária de forma permanente. Vamos trabalhar para que o Brasil se situe entre os cinco países do mundo como referência agropecuária", afirmou a ministra.

Salto Logístico

Wellington Fagundes deu destaque às reuniões que a comitiva terá com investidores do Japão e também do Japan International Cooperation Agency (Jica), uma espécie de Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Japão. Existe interesse dos japoneses em abrir crédito e financiamento para fomentar investimentos no Brasil. Em Mato Grosso, existe perspectiva para ampliação da produção de milho a partir do médio Norte.

"Haverá palestras com investidores locais e tradings, e será uma boa chance para conversarmos sobre investimentos do país asiático no Brasil", disse.

Presidente da Frente Parlamentar de Logística de Transportes e Armazenagem (Frenlog), o senador republicano destaca como fundamental a discussão com representantes da China sobre o investimento em logística. Os chineses têm se mostrado como principal parceiro comercial do Brasil. Em maio o primeiro-ministro, Li Keqiang, esteve em Brasília e assinou acordos econômicos no valor de U$ 50 bilhões, incluindo o anúncio do projeto da ferrovia que unirá o Brasil com o Pacífico através do Peru com o objetivo de facilitar as exportações brasileiras de soja ao Oriente.

"Esperamos nessa viagem conseguir articular para que esse protocolo de intenções, não só do governo chinês, mas, quem sabe, de todos os países envolvidos no BRICS, possa vir em investimentos concretos para o Brasil" - disse.

O parlamentar lembrou que a imensa produção brasileira sofre com as dificuldades de escoamento e que essa viagem é uma oportunidade ímpar de negociar investimentos para uma melhoria da infraestrutura rodoviária, ferroviária e de armazenamento em nosso país. "Ampliar nossa estrutura por meio das concessões é fundamental para fazermos com que nossa produção de grãos atinja o porto de Belém, garantindo assim um escoamento ágil e sem perdas. É uma das iniciativas que sempre tenho cobrado do Governo Federal e a ministra se mostrou disposta a trabalhar em cima disso", garante.