automedicação

Os riscos de usar medicamentos para dormir por conta própria

por GazetaMT

18 de Dezembro de 2017, 08h32

Os riscos de usar medicamentos para dormir por conta própria
Os riscos de usar medicamentos para dormir por conta própria

Nova pesquisa aponta que esse é um problema de tirar o sono entre a população mais velha

Recursos contra insônia: como usar remédios e produtos naturais de um jeito seguro


Passar noites em claro não tem necessariamente a ver com o envelhecimento. Ainda assim, em um estudo realizado com 2 mil idosos pela Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, 65% dos participantes que declararam ter insônia pelo menos três vezes por semana consideram as brigas com o travesseiro uma consequência natural do avançar da idade.

Pior: 45% não falam sobre o assunto com o médico e 24% investem em medicamentos ou fitoterápicos para contornar a situação. "Esse cenário também é comum por aqui porque dores, incontinências e outras condições frequentes nessa fase da vida atrapalham o sono", diz o neurologista Luciano Pinto, da Associação Brasileira do Sono. "E a maioria das pessoas nem sequer considera dificuldade para dormir um problema de saúde", analisa.

A questão é que a automedicação não só aumenta o risco de quedas e dependência como acarreta efeitos indesejáveis em casos de interação entre remédios. "E mesmo os produtos naturais exigem orientação", avisa a nutricionista Vanderli Marchiori, da Associação Paulista de Fitoterapia.
Remédios e fitoterápicos que demandam mais atenção

Ansiolíticos

Devido à ação relaxante, aumentam a propensão a quedas e pioram os sintomas da apneia.

Hipnóticos

Tendem a prejudicar a atenção se mal utilizados, já que a sonolência perdura após o despertar.

Valeriana

Se usada com certos ansiolíticos, a planta pode induzir sono demais e queda da pressão arterial.

Outros fitos

Melissa, camomila e maracujá juntos ou em excesso funcionam como estimulantes em vez de acalmar.