avião do tráfico
Presos piloto e copiloto de avião interceptado com mais de 600 kg de cocaína
A princípio, o piloto da aeronave teria mentido sobre o verdadeiro local da decolagem
27 de Junho de 2017, 07h24
O piloto e copiloto do avião interceptado pela Força Aérea Brasileira (FAB) com mais de 600 kg de cocaína em Goiás, foram presos nesta segunda-feira (26).
O piloto da aeronave, Apoena Índio do Brasil, disse à Polícia Federal (PF) que informou plano de voo falso à FAB. Segundo o delegado responsável pelo caso, Bruno Gama, ele afirmou que criou uma trajetória para repassar às autoridades caso fosse abordado, como ocorreu.
Inicialmente, a Força Aérea Brasileira afirmou que o piloto da aeronave disse ter decolado da fazenda Itamarati Norte, em Mato Grosso, arrendada para a empresa Amaggi, da família do ministro da Agricultura, Blairo Maggi. No entanto, após serem presos, o piloto e o copiloto, Fabiano Júnior da Silva, disseram à PF que saíram da Bolívia com destino a Jussara, no noroeste goiano, sem passar pela propriedade.
Por meio de seu perfil em uma rede social, o ministro Blairo Maggi postou que "está acompanhando as investigações da FAB sobre o local de decolagem da aeronave". Disse que, quando houver uma confirmação, ele informará. Ele comentou ainda que a "fazenda é extensa e vulnerável à ação do tráfico internacional".
Já a Amaggi disse por meio de nota que "não tem qualquer ligação com a aeronave descrita pela FAB e não emitiu autorização para pouso/decolagem da mesma em qualquer uma de suas pistas".
FOTO DE CAPA: Apoena Índio do Brasil e Fabiano Júnior da Silva presos pela PF por serem piloto e copiloto de avião com 600 kg de cocaína (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)