“BUROCRACIA”

Medeiros critica de intermediação da Caixa em convênios com municípios

Senador reclama de repasse de verbas. Em discurso, abordou investimentos para Mato Grosso

por GazetaMT

24 de Fevereiro de 2017, 07h35

Medeiros critica de intermediação da Caixa em convênios com municípios
Medeiros critica de intermediação da Caixa em convênios com municípios

Durante pronunciamento, ocorrido na manhã desta quinta-feira, 23, o senador José Medeiros (PSD-MT) reclamou da burocracia e do atraso nos repasses de verbas aos municípios. Ele fez duras críticas à atuação da Caixa Econômica Federal (CEF), que em muitos casos é a instituição responsável pelo repasse de verbas para as cidades brasileiras.

José Medeiros afirmou que prefeitos do estado de Mato Grosso, que ele tem recebido em seu gabinete, tem reclamado da Caixa. Segundo ele, houve até quem disse estar disposto a abrir mão de convênios que tivesse a participação da CEF, diante do gasto de tempo e de recursos "para satisfazer as filigranas" da instituição. "Os prefeitos já são fiscalizados microscopicamente por todos os órgãos e tribunais. Nós precisamos ganhar a guerra contra o papel", destacou.

Da tribuna, José Medeiros também cobrou punição rigorosa a mandatários que fazem mau uso do dinheiro público. "Sou totalmente a favor de fiscalizações. Não sou a favor dos excessos. É preciso deixar os órgãos fiscalizadores fiscalizar e quem for pego trabalhando contra a sociedade que seja punido, que seja preso, se for o caso, mas não vamos prejudicar a sociedade, a população", sustentou.

Infraestrutura

Durante discurso, José Medeiros voltou a defender mais investimentos em infraestrutura de transporte em Mato Grosso, estado que se destaca pela produção agrícola. Segundo disse, devido à falta de interligação dos diversos modais de transporte no estado e, por consequência, do elevado custo do frete, o agronegócio brasileiro, responsável por 25% da balança comercial do país, perde competitividade no mercado internacional.

As dificuldades, acrescentou o senador, também passam por entraves legais na área ambiental e por dificuldades de construção em regiões onde estão localizadas reservas indígenas. Ele acredita que essa burocracia atrasa os investimentos e encarece os projetos de infraestrutura de transporte. "Essa é a realidade que nós temos hoje. E, com isso, quem quer investir no país vai começando 'a se encher' dessas coisas e fala: Quer saber de uma coisa? Eu vou para o Paraguai", afirmou.