O vereador Cláudio da Farmácia (PMDB) tentou criar uma lei que proibia os bares, restaurantes e estabelecimentos que comercializam alimentos, a expor em mesas e balcões os recipientes com sal. Pois bem, o projeto não passou, acho que explicaram a ele - o vereador - que fica a cargo de cada consumidor usar ou não o tempero nos alimentos que o próprio vai ingerir.

Não contente com a derrota na Casa de Leis, já que o tal projeto nem foi à apreciação dos colegas, Cláudio, mais uma vez retorna com a ideia, que já foi taxada como 'ridícula'. Agora é lei, aprovada pelos vereadores na sessão desta quarta-feira,21: os bares, restaurantes e afins deverão ter, junto com o 'coitado' do sal uma cartilha contendo informações sobre os males que ele provoca à saúde.

Chega a ser constrangedor passar tardes inteiras esperando uma ação criativa dos senhores vereadores e ver isso: discriminar e esculachar o coitadinho do sal, que não depende mais dos paladares do consumidor, mas de uma lei criada e aprovada pelos vereadores.

Enquanto isso as denúncias de mau uso do dinheiro público; os semáforos loucos sem sincronismo e o trânsito insuportável; as agentes comunitárias de saúde em busca de legalização da profissão; a falta de médicos, dentistas e enfermeiros; a merenda escolar à base de chá com bolacha. . . . enfim esses assuntos de interesse comum e que deveriam ser prioridade nas sessões da Câmara de Vereadores vão ficando para trás.

Cada macaco no seu galho, diz o velho e sábio ditado. Quem sabe as questões de saúde sejam deixadas para os especialistas em saúde e os vereadores coloquem as mãos onde devem estar? Seria bom, seria bom demais!