CAIU
PF faz operação na casa de Barreto em Rondonópolis e de Blairo em Brasília
Os mandados de busca fazem parte da Operação Malebolge, 12ª fase da Ararath, que desmantelou um esquema de corrupção em Mato Grosso
14 de Setembro de 2017, 08h36
Desde a manhã de hoje, a 14, a Polícia Federal -PF e o Ministério Público Federal -MPF cumprem mandados de busca e apreensão na casa do ex-deputado e ex-prefeito de Rondonópolis Ermínio Jota Barreto -PR.
As equipes da PF conseguiram, com a ajuda de um chaveiro, abrir as portas do apartamento do ex-parlamentar, que segue fora de cena desde sua aparição em um vídeo entregue pelo ex-governador do Estado Silval Barbosa. Nas imagens, Barreto enche uma mala de dinheiro, suposta propina. Outros políticos do Estado também foram gravados.
As gravações entregues por Silval fazem parte dos 21 anexos da delação de Silval que foram homologados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux. Em entrevista, o magistrado e disse se tratar do maior escândalo depois da Lava Jato, uma delação "monstruosa".
Blairo Maggi
Em Brasília, na conhecida Asa Sul, policiais federais também fizeram diligências. Busca e apreensão no apartamento do atual ministro da Agricultura.
Os mandados de busca fazem parte da Operação Malebolge, 12ª fase da Ararath, que desmantelou um esquema de corrupção em Mato Grosso. As ordens judiciais foram expedidas pelo ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da Procuradoria Geral da República (PGR).
Ao todo, estão sendo cumpridos mandados em 64 endereços, em dois estados e na capital federal. Em Mato Grosso, há diligências em nove municípios: Cuiabá, Rondonópolis, Primavera do Leste, Araputanga, Pontes e Lacerda, Tangará da Serra, Juara, Sorriso e Sinop.
Atualização (às 10h05)
Em nota, via assessoria, Blairo comunicou à imprensa:
"Sobre a operação realizada pela Polícia Federal nesta quinta-feira (14), esclarecemos que
1. Nunca houve ação, minha ou por mim autorizada, para agir de forma ilícita dentro das ações de Governo ou para obstruir a justiça. Jamais vou aceitar qualquer ação para que haja "mudanças de versões" em depoimentos de investigados. Tenho total interesse na apuração da verdade.
2. Ratifico ainda que não houve pagamentos feitos ou autorizados por mim, ao então secretário Eder Moraes, para acobertar qualquer ato, conforme aponta de forma mentirosa o ex-governador Silval Barbosa em sua delação.