coleta seletiva

Deputado incentiva o associativismo e destina emenda para catadores de Várzea Grande

O dinheiro será investido na produção de vassouras a partir de garrafas Pet

por GazetaMT

06 de Julho de 2017, 09h00

Deputado incentiva o associativismo e destina emenda para catadores de Várzea Grande
Deputado incentiva o associativismo e destina emenda para catadores de Várzea Grande

Já não é de hoje que se sabe que a coleta seletiva é uma atividade essencial à preservação do meio ambiente. A separação do lixo evita a contaminação do solo e do lençol freático evitando doenças e consequentemente diminuindo os custos com saúde pública. O problema é que nem todos os governos enxergam o valor da atividade que poderia economizar uma boa grana aos cofres públicos.

Em Várzea Grande, por exemplo, a Associação de Catadores de Materiais Recicláveis de Várzea Grande (Ascavag) vem mostrando bons resultados desde 2009. Seus associados coletam e prensam mensalmente 180 toneladas de lixo seco. Tudo é reaproveitado, principalmente embalagens longa vida, papel, plástico e garrafas Pet que são enviados para uma empresa em São Paulo. Segundo os próprios catadores, 32 famílias são beneficiadas diretamente pelo trabalho e recebem todos os meses uma renda média de R$ 1.500. Tudo depende da produção individual de cada associado.

O cenário poderia ser ainda melhor se o município investisse em coleta seletiva, como faz Lucas do Rio Verde, por exemplo. Por lá, os próprios moradores se incubem da separação e reserva do lixo que é coletado pela prefeitura em dias alternados: um para lixo seco e outro para o orgânico. Tudo vai para a cooperativa local. "Aqui não há preocupação do poder público com campanhas de conscientização popular tampouco com a coleta. Quando a associação surgiu em 2009, a prefeitura pagava o aluguel do galpão onde trabalhamos até hoje, mas a atual gestão não faz o repasse há três anos. Se investissem na coleta seletiva tudo seria melhor", explica a catadora Valquíria Pereira de Barros.

Para enfrentar a crise, a saída foi pedir ajuda ao deputado estadual Valdir Barranco (PT). No final de 2016, o parlamentar destinou à Ascavag uma emenda no valor de R$ 30 mil para a compra de uma máquina capaz de produzir vassouras a partir de embalagens Pet. "Nossa idéia é aumentar a renda dos trabalhadores já que vamos conseguir agregar valor à produção transformando lixo em utensílio doméstico. Quanto maior for a renda da associação menor será a dependência do poder público. Tenho certeza que logo seremos independentes e vamos pagar todas as nossas contas, inclusive o aluguel da nossa sede", explicou Valquíria.

Na última segunda-feira (03), o deputado visitou a associação e ouviu novas demandas. "Fiquei feliz em saber que a Ascavag está ajudando catadores de outros 16 municípios através de uma rede de economia solidária. Os trabalhadores locais juntam o material e a Ascavag faz a coleta e envio para a indústria ajudando também na comercialização. Agora, vamos auxiliá-los com formação técnica em Associativismo e Cooperativismo através do nosso gabinete que conta com a assessoria do professor Zito Portela, um dos melhores profissionais da área."
O deputado já estuda novas propostas de geração de renda para os catadores. "Assim que a fábrica de vassouras entrar em operação vou apresentar um projeto para que o governo compre a produção dos catadores e use o material na limpeza pública. Além disso, já estou fazendo gestão junto aos municípios pedindo que ofereçam capacitação aos catadores através dos CAT de cada cidade. Qualificar e dar oportunidades de trabalho é a marca do Partido dos Trabalhadores do qual faço parte e presido no estado. Portanto, também a marca deste mandato."