Pelos próximos dois anos, os salários dos funcionários do Poder Executivo estadual não terão reajuste. O congelamento foi anunciado pelo governador Pedro Taques -PSDB e consta, segundo afirma, no projeto de lei complementar do teto dos gastos encaminhado para apreciação dos deputados na Assembleia Legislativa.

"Como chefe do Executivo eu não posso, através de projeto de lei, tratar de congelamento para os outros Poderes", frisou Taques. "Temos conversado com os poderes, porque alguns estados fizeram isso por meio de PEC [Proposta de Emenda Constitucional], mas estamos conversando", afirma.

Efeitos da crise

Em todo o Brasil, Estados se comprometeram a reduzir até 20% dos gastos com despesas e cargos comissionados, num comparativo que parte de 2015, além do congelamento dos salários de todos os servidores pelos próximos dois anos. A medida impede, por exemplo, o pagamento do Reajuste Geral Anual (RGA) e a progressão de carreira do servidor.

Em Mato Grosso, o congelamento e o corte de despesas foram exigidos pelo Governo Federal, que se comprometeu a contemplar o Estado com recursos repatriados, algo em torno de R$108mi.