DELATADO

Fagundes confirma dinheiro da JBS, mas chama de “especulação” reportagem sobre delação de Silval

por GazetaMT

08 de Agosto de 2017, 10h20

Fagundes confirma dinheiro da JBS, mas chama de “especulação” reportagem sobre delação de Silval
Fagundes confirma dinheiro da JBS, mas chama de “especulação” reportagem sobre delação de Silval

O senador da República Wellington Fagundes -PR, confirmou que recebeu doação da JBS para a campanha eleitoral de 2014. Seu nome foi citado como um dos políticos recebedores de dinheiro da empresa no Estado.

Segundo o próprio senador, a direção nacional do partido repassou R$ 300 mil liberados pelo grupo como parte oficial de recursos para os gastos da disputa. "Não tenho nenhuma preocupação com isso. O dinheiro foi repassado pela direção do partido e foi registrado na Justiça Eleitoral", disse em entrevista à rádio Capital FM.

A doação de recursos da JBS, investigação por participação em esquemas de corrupção com políticos, foi publicada pela revista Época na semana passada.

Silval Barbosa

Em delação premiada, o ex-governador Silval Barbosa, descreveu ao ministro do Supremo Tribunal Federal -STF, Luiz Fux, participação de Fagundes, além do também senador Cidinho Santos -PR e do ministro da Agricultura Blairo Maggi -PP, em supostos esquemas de corrupção.

Sem dar detalhes, Fux, classificou a delação como "monstruosa". Em resposta, Fagundes, que ainda não teve acesso ao conteúdo da delação de Silval, disse considerar o mesmo, publicado parcialmente pelo jornal Folha de São Paulo, especulação.

Outro caso

Fagundes também responde por acusações criminais no Supremo Tribunal Federal -STF. O inquérito é de 2006 (data em que se iniciou o trâmite). O parlamentar é investigado pelo crime de corrupção ativa, passiva, peculato e lavagem ou ocultação de bens. A última tramitação do inquérito foi em 11 de março de 2015.

No início de junho, Fagundes foi citado pelo executivo Ricardo Mesquita em depoimento prestado à Polícia Federal. Segundo a delação, o senador foi envolvido na prorrogação de concessão de exploração de áreas no Porto de Santos. O interlocutor entre o empresário e o presidente Michel Temer foi o deputado Rodrigo da Rocha Loures, o homem da mala de propina da JBS. Em nota à imprensa, o senador negou todas as acusações.