É SURDO

Contra as reformas, o povo grita e Temer não ouve

por GazetaMT

27 de Abril de 2017, 09h32

Contra as reformas, o povo grita e Temer não ouve
Contra as reformas, o povo grita e Temer não ouve

Em duas semanas, as principais pautas bombas de interesse única e exclusivamente do governo de Michel Temer -PMDB tiveram encaminhamento. As reformas, trabalhista e da Previdência, não tendem a recuar, ainda que nas ruas seja este o pedido. É o reflexo de um comando surdo.

Disposto à arbitrariedade, o governo argumenta como urgente a necessidade de tais reformas. Emendas à Constituição. Reforma trabalhista para alavancar a estabilidade das empresas, garantir empregos. Reforma da Previdência para equilibrar as contas e assegurar o direito à aposentadoria a quem dela precise no Brasil. Monte de mentiras.

Nem mesmo no mundo de fantasia mais perfeito a abertura de brecha aos direitos do trabalhadores do Brasil à mercê do acordo informal junto ao patrão existirá de forma justa. Legalizar a burla ao regime de Consolidação das Leis do Trabalho -CLT é um crime. A reforma trabalhista não pensa no trabalhador, nem socorre quem está desempregado. Tudo o que faz, tão somente, é oferecer subemprego. Sem direitos, sem compromisso do patrão firmado em lei, acordos obscuros... A mão de obra que sustenta o Brasil perderá seu real e justo valor.

O projeto de Reforma Trabalhista foi aprovado ontem, 26, na Câmara. Prevista para maio, a aprovação da Reforma da Previdência também é dada como certa. É a corda no pescoço do povo em detrimento à cobrança dos bilhões de reais em calotes dados ao sistema previdenciário brasileiro por algumas das principais empresas instaladas no país. Mais mentiras defendidas por um governo que empresta a cada ano 30% do próprio sistema previdenciário para pagar demais contas da União.

Crise? Déficit? Necessidade de reforma? Pergunte a si mesmo, leitor, quem realmente se importa  e quem realmente sofrerá com isso... Na sequência, reflita o porquê.

Na próxima sexta-feira, 28, entidades sindicais, partidos de oposição e sociedade organizada deverão promover o movimento de greve geral em todo o Brasil. Que seja esta a maior manifestação popular já registrada, superior até à eclosão de junho de 2013. Talvez seja preciso gritar mais alto.