“ELE NÃO”

Grupo de mulheres de Rondonópolis contra Bolsonaro sofre invasão

por GazetaMT

18 de Setembro de 2018, 08h30

Grupo de mulheres de Rondonópolis contra Bolsonaro sofre invasão
Grupo de mulheres de Rondonópolis contra Bolsonaro sofre invasão

Um grupo de Whatsapp criado por mulheres de Rondonópolis com o intuito de difundir a hashtag #EleNão -ou melhor, #EleNãoRondonópolis-  foi invadido. Elas compartilham informações e se unem democraticamente contrárias às ideias do candidato à presidência Jair Bolsonaro -PSL.

Em um comunicado, uma das administradoras do grupo informou as demais participantes sobre o ocorrido. O grupo, que já continha aproximadamente 230 mulheres, foi temporariamente suspenso. As atividades, porém, devem retornar. "Quero apenas reforçar que o grupo não é partidário. Somos mulheres reunindo forças para essa grande luta de ante retrocesso. #EleNão".

No Facebook, o grupo nacional 'Mulheres unidas contra Bolsonaro', sofreu invasão recente. Mais de 2,5 milhões de mulheres ainda participam da página. Os ataques cibernéticos se iniciaram há uma semana e culminaram com a tomada da página virtual, e troca das informações, como o nome da mobilização e fotos postadas. Em nota, o Facebook confirmou que "O Grupo foi restaurado e devolvido às administradoras", depois de ter sido "temporariamente removido após detectarmos atividade suspeita".

No twitter, apoiadores candidato comemoraram o ataque. Logo depois, o perfil oficial de Jair comemorou o apoio de mulheres favoráveis a ele. "Obrigado pela consideração, Mulheres de todo o Brasil", comenta a postagem do último sábado.

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Também no Facebook, o grupo "Mulheres com Bolsonaro" já existia bem antes deste invadido. Curiosamente, era predominantemente frequentado por homens.

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As ofensas gratuitas, os ataques cibernéticos, são, para além de mera invasão contra a privacidade, atentados ao livre exercício da democracia. As ameaças replicadas em posts pelos apoiadores dos candidatos revelam um perfil de eleitorado ao melhor estilo brasileiro mediano. Estes desconhecem a história, partem de suas inúmeras hipocrisias -nas redes sociais e na própria prática da vida- e tem em uma aberração a imagem de um Messias. Nada é mais típico!