EMBARGO

Acrimat diz que suspensão do embargo da carne bovina de MT não minimiza prejuízos no campo

por G1

14 de Junho de 2019, 08h16

Acrimat diz que suspensão do embargo da carne bovina de MT não minimiza prejuízos no campo
Acrimat diz que suspensão do embargo da carne bovina de MT não minimiza prejuízos no campo

Após o anúncio feito nesta quinta-feira (13) pela ministra da Agricultura, Tereza Cristina, de que o Brasil voltará a exportar carne bovina para a China, a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) afirma que a boa notícia não minimiza os impactos ocasionados no campo.

De acordo com os pecuaristas, foram de três a quatro dias sem compra de animais. Ou seja, o criador que precisava vender ficou prejudicado.

Por outro lado, a abertura da temporada de confinamentos fez com que o produtor segurasse o gado e mudasse a estratégia. A seca ainda não prejudicou os pastos e o rebanho está reguardado até que os preços voltem ao patamar anterior.

Ainda segundo a Acrimat, quando o mercado foi fechado, no dia 3 de junho, o preço da arroba estava favorável. Depois caiu, com o fechamento. Agora, os criadores aguardam que os preços voltem ao normal.

Embargo

Após a detecção de um caso de encefalopatia espongiforme bovina (EEB), a chamada doença da "vaca louca", no estado, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) suspendeu a exportação de carne bovina para a China.

Na época, o Mapa afirmou que a suspensão das exportações atendia a um acordo sanitário entre Brasil e China e que seria temporária e "protocolar".

Além disso, segundo o ministério, a medida é "automática" e está prevista no documento assinado em 2015 com a China, que determina a suspensão quando houver algum risco após a detecção de alguma doença.

Entretanto, o Instituto de Defesa Agropecuária (Indea-MT) alegou que o caso detectado era atípico e que não oferecia risco a outros animais ou à saúde humana.

O Sindicato das Indústrias de Frigoríficos do Estado de Mato Grosso (Sindifrigo) se manifestou dizendo que, após a suspensão, seria essencial que o setor buscasse equilíbrio, adaptando-se aos novos números do mercado.

Segundo o sindicado, adequações, como redução da oferta de animais às indústrias, e redução dos abates seriam imprescindíveis para amenizar prejuízos.