ENCONTRO

Em Brasília, Taques discute fornecimento de gás com Evo Morales

Bolívia e Mato Grosso buscam relações para o mercado ureia e contrato de fornecimento de gás natural

por GazetaMT

05 de Dezembro de 2017, 14h39

Em Brasília, Taques discute fornecimento de gás com Evo Morales
Em Brasília, Taques discute fornecimento de gás com Evo Morales

O governador Pedro Taques esteve reunido, nesta terça-feira (05), em Brasília, com o presidente da Bolívia, Evo Morales, e, junto com suas respectivas equipes, trataram sobre a importação do gás boliviano para Mato Grosso. O Governo do Estado busca segurança jurídica para que possa receber, mensalmente, 500 mil metros cúbicos de gás, que seriam utilizados como fonte de energia nas indústrias.

Juntos, Bolívia e Mato Grosso buscam estabelecer relações para o mercado consumidor de ureia e fechar um novo contrato de fornecimento de gás natural para o Estado. "Temos interesse em nos conectar com Mato Grosso, que é um grande produtor agrícola e necessita de energia para continuar. Vamos todos trabalhar e chegar a resultados concretos nesta negociação", afirmou o ministro de Hidrocarburos da Bolívia, Luis Alberto Sánchez.

A integração entre Mato Grosso e Bolívia já deu importantes passos durante a atual gestão. Está previsto para janeiro o primeiro voo direto entre Cuiabá e Bolívia, que fará parte do calendário de rotina do Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande. Além disso, o governador Pedro Taques, em várias ocasiões, se reuniu com Evo Morales e membros do governo boliviano, defendendo a pavimentação de 315 quilômetros da rodovia que liga San Matias a San Ignácio - considerada pelo governo como essencial para a integração regional.

Taques convidou a comitiva boliviana para uma nova reunião, em Cuiabá. "Tivemos hoje uma importante reunião com Evo Morales e pedimos uma reunião, em Cuiabá, para tratar das obras que ligam nosso Estado à Bolívia, assunto que estamos tratando desde a Caravana da Integração, que realizamos em 2016, assim como a compra do gás boliviano e o mercado da ureia. Avançamos nesta conversa e agora vamos em busca de resultados mais concretos", afirmou o governador.

Por ser menos poluente, o gás natural tem baixo impacto ambiental. O gasoduto possui 645 km de extensão, sendo 283 km no lado brasileiro e 362 km no lado boliviano. O governo boliviano pretende ampliar o comércio.

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Carlos Avalone, acompanha a negociação para um novo contrato sobre o gás boliviano. "Todos os assuntos tratados nesta reunião, são assuntos que vêm sendo tratados há mais de uma década entre Mato Grosso e Bolívia. Percebemos que chegou a um ponto de amadurecimento e temos muitas chances para as concretizações. A importância de trazer isso para Cuiabá é que a questão da ureia, que interessa muito a eles, e a questão do gás, que interessa muito a nós, está totalmente madura para o fechamento", afirma Avalone.

A reunião, prevista para o dia 20 de dezembro, contará com a presença do governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, que tem as mesmas demandas que o Executivo mato-grossense.

"Teremos uma chance grande, com dois ministros bolivianos, convidando o ministro Fernando Bezerra para também estar lá. Temos a condição de ter um fechamento disso. Essa parceria do MT Gás com a empresa boliviana está em fase de concretização e da nossa parte não há dificuldade alguma e precisamos apenas que a Bolívia destrave e que a gente possa fazer essa concretização", disse o secretário Avalone.

Emmanuel Almeida de Figueiredo Júnior, presidente da MT Gás, explica a necessidade de segurança jurídica em um novo contrato para o fornecimento de gás para Mato Grosso. "Precisamos de um contrato que obriga uma entrega de uma determinada quantidade de gás mensalmente. Nós temos hoje um contrato considerado 'não firme' e isso não oferece segurança ao nosso parque industrial, porque a conversão da energia elétrica para a energia produzida pelo gás exige um custo. Então hoje há um anseio de todo o empresariado mato-grossense que esse gás chegue de maneira firme."

Ainda hoje, o governador Pedro Taques, assim como o governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, de Rondônia, Confúncio Moura, e do Acre, Tião Viana, participam de um almoço com Evo Morales e com o presidente do Brasil, Michel Temer.

A integração entre Mato Grosso e Bolívia já deu importantes passos durante a atual gestão. Está previsto para janeiro o primeiro voo direto entre Cuiabá e Bolívia, que fará parte do calendário de rotina do Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande. Além disso, o governador Pedro Taques, em várias ocasiões, se reuniu com Evo Morales e membros do governo boliviano, defendendo a pavimentação de 315 quilômetros da rodovia que liga San Matias a San Ignácio - considerada pelo governo como essencial para a integração regional.