Da rotina glamorosa -nem sempre- à prestação de serviço, orientação e troca de experiências com quem sofre pela falta de políticas efetivas de inclusão social. A rondonopolitana e eterna Miss Brasil, Jakelyne Oliveira, lançou recentemente um blog em que se presta a ajudar e compartilhar de sentimentos com quem já era fã. Hoje, mais que isso, são assíduos leitores.

Ao longo desta reportagem o leitor ficará por dentro desta nova etapa na carreira de Jakelyne Oliveira. Antes, porém, vale ressaltar uma inovadora parceria que começa a ser desenhada desde a produção da miss à redação do GazetaMT. Já nos próximos dias, as duas páginas unirão forças para "colocar Rondonópolis e Mato Grosso em todo o mundo", como brinca nossa personagem especial.

Todo o conteúdo produzido e publicado na página oficial de Jakelyne será também difundido com exclusividade pela redação do GazetaMT.

Blog

Jakelyne Oliveira visitou a redação do GazetaMT na última semana para dar início ao projeto em dupla. Falou sobre a motivação para fazer nascer de sua vontade em contribuir com o social uma página oficial na internet. A miss lançou seu projeto focada num drama vivido na pele por ela e a família.

Mais precisamente vivido pela irmãzinha, Geovanna, de oito anos de idade. A pequena é portadora da alteração cromossômica conhecida como Síndrome de Down e precisa de atenção especial, bem como espaços adequados e adaptados para seu desenvolvimento e convívio. Geovanna, Jakelyne e toda a família sofreram quando a necessidade de uma escola adequada veio à tona.

"Comecei a escrever para contar a história da minha irmãzinha, principalmente a dificuldade de toda a família em conseguir escola. Principalmente ela e minha mãe sofreram muito preconceito e só quando descobriam que a Geovanna era a irmã da Miss Brasil é que as coisas melhoravam", lembra Jakelyne. "Vi de perto o quanto o peso do meu nome na cidade abre portas, mas para todas as outras crianças portadoras de necessidades especiais a realidade é outra", diz.

No blog, a miss relata uma das principais e mais tristes experiências. Contratada pela família, uma escola particular não deu a devida atenção à pequena Geovanna e chegou a negar a existência de vaga para matrícula quando não comunicado seu parentesco com a miss Brasil. A denúncia postada na internet rendeu uma série de reclamações de outras mães, irmãs e filhas internautas relacionadas aos mesmos problemas e até à mesma unidade de ensino.

A Miss Brasil prefere não dizer o nome da escola, pois foca no que está além: a prestação de serviço. Após um período de baixo rendimento, a família resolveu matricular a pequena Geovanna na rede pública do município. Em pouco tempo, tudo deu certo. "Tudo o que a gente esperava na rede particular nos conseguimos na rede pública", resume. 

Desta série de postagens, Jakelyne não parou mais. Atualmente mantém contato com o público respondendo a comentários e orientando a quem precisa graças a esta e outras tantas experiências. E claro, fala da vida de Miss, título concedido em 2013, mesmo ano em que lhe rendeu o 5º lugar Miss Universo.

A Miss Brasil arruma tempo, ainda, para conversar com quem busca seguir seus passos e quem sabe trilhar uma carreira de sucesso no mundo da beleza. "Recebo muitas mensagens de internautas dizendo que se inspiram em mim. Sai de Rondonópolis, vim de uma família é humilde e consegui superar tudo isso pra viver um desejo que era do meu pai", conta. "O que sempre digo e respondo nos comentários da página é nesta vida é preciso determinação, fé e foco, pois não é fácil abrir mão das muitas coisas que abri na vida. Todos os dias tenho de fazer escolhas, e elas sempre mudam muito a minha vida profissional e pessoal".

Visite

O endereço eletrônico da Miss Brasil está aqui. Visite!

Logo após o lançamento oficial da parceria com o GazetaMT, o leitor terá ainda mais canais para acessar o blog.