Greve na Educação

Ministério Público apresentará proposta para tentar pôr fim à greve dos professores

A proposta, que será levada ao governador, que deve ser apresentada ao Sintep até a próxima segunda ou terça-feira

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19 de Julho de 2019, 08h10

Ministério Público apresentará proposta para tentar pôr fim à greve dos professores
Ministério Público apresentará proposta para tentar pôr fim à greve dos professores

O Ministério Público de Mato Grosso (MP/MT) foi procurado pela diretoria do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público (Sintep), que pediu a intervenção do órgão para tentar colocar fim à greve dos trabalhadores da Educação, que já dura quase dois meses. Os diretores do sindicato estiveram reunidos com o com o promotor Miguel Slhessarenko Júnior, que falou na possiblidade de apresentar ao Governo do Estado uma proposta que possa encerrar o movimento.

Na reunião, que aconteceu ontem (18), na sede das Promotorias de Cuiabá, os grevistas afirmaram ao promotor que seria perfeitamente possível o cumprimento da LC 510/2013, que prevê um aumento anula de 7,69% acima da inflação, como forma de permitir a dobra do poder de compra dos salários dos professores, mas no entendimento dos líderes do movimento, isso não acontece por conta da intransigência do governo quanto à questão.

A reunião aconteceu ontem (18) e foi considerada positiva pelos diretores do SintepDe sua parte, o promotor se prontificou a trabalhar na construção de uma proposta para ser levada ao governador, que deve ser apresentada ao Sintep até a próxima segunda ou terça-feira da semana que vem.

Para o presidente do Sintep, Valdeir Pereira, a entrada do MPMT nas negociações é positiva, principalmente por conta do órgão ter se prontificado a buscar esclarecimento junto ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) a respeito de "equívocos" divulgados pelo governo em relação aos limites prudenciais da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), já que segundo divulgado, o Governo do Estado estaria gastando acima do limite estabelecido na lei com a folha de pagamento, que é de 54% da sua arrecadação.

A reunião também tratou do corte de ponto dos professores, definido pelos grevistas como uma atitude arbitrária e ainda foi relatado as chamadas "pedaladas" do governo, quando este usa o dinheiro da educação para outras finalidades.