Manejo integrado de plantas daninhas é importante aliado no combate às perdas na lavoura
10 de Janeiro de 2017, 07h00
Uma das grandes dificuldades dos agricultores no ciclo da cultura são as plantas daninhas, que contribuem para a redução da produtividade da lavoura, diminuindo também sua rentabilidade. A reprodução das plantas daninhas acontece muito facilmente, de duas principais formas: a reprodutiva, por meio das sementes, ou a vegetativa, através de estruturas especificas como por exemplo os estolões, quando a planta gera uma outra, sem depender da produção de sementes. Algumas espécies de plantas daninhas podem produzir cerca de trezentas mil sementes, que se propagam pelo vento, chuva, máquinas e outros meios.
Para o bom manejo de plantas daninhas, é fundamental que sejam utilizadas ferramentas capazes de contribuir para a redução da germinação das sementes no solo, o que resulta em uma menor ocorrência de planta daninha por metro quadrado. Uma das opções para a prevenção desse problema, que tem causado enorme prejuízo para os produtores, é o manejo integrado de plantas daninhas, que quando bem executado, evita que o agricultor veja sua produção ser reduzida em até 80%.
Trabalhar com o manejo integrado de plantas daninhas significa utilizar diferentes ações que juntas possam apresentar um bom controle. Essas ações são compostas por basicamente três pilares: o primeiro é a utilização de defensivos que apresentem mais de um mecanismo de ação para o mesmo alvo biológico (planta daninha) dentro do ciclo da cultura; o segundo compreende o controle e cuidados com a sementeira, com ferramentas (controles químicos, físicos ou biológicos) que reduzam a possibilidade de germinação, diminuindo o número de novas plantas daninhas por metro quadrado; e, por fim, o terceiro pilar seria o monitoramento da área, para efetivar o controle das plantas daninhas nas melhores condições de aplicação dos defensivos e nos estádios mais susceptíveis.
É importante que o agricultor, antes de tudo, consiga mapear e identificar as plantas daninhas existentes em sua lavoura e, assim, adotar os ingredientes ativos com os mecanismos de ação mais efetivos. Isto é fundamental, já que a escolha de diferentes ativos dentro do mesmo ciclo da cultura pode auxiliar na redução das plantas daninhas resistentes.
A utilização de produtos para o controle de sementeiras, não apresenta uma efetividade de 100%, por isso, é possível que ocorra a germinação de um certo volume de sementes, possibilitando uma nova infestação na lavoura. Torna-se então imprescindível que os agricultores façam o monitoramento destas plantas e apliquem os produtos indicados nos estádios iniciais do seu desenvolvimento, já que isso aumentaria sensivelmente as chances de controle do problema.