Parece mentira, mas o Buxixo jura que não. Mais uma vez o prefeito Zé do Pátio ultrapassou todos os limites da lucidez e anunciou, em alto e bom tom (no microfone) que Rondonópolis é terra abençoada.

Em frente a centenas de pessoas, de todas as classes, o prefeito milagroso disse que Rondonópolis, em quatro meses, é apontada como uma das melhores cidades para viver.

"Reduzimos o analfabetismo; nosso Índice de Desenvolvimento Humano - IDH, cresceu sensivelmente; passamos Rondonópolis para a quarta posição no Estado em desenvolvimento econômico; e implantamos 40 novas Unidades de Terapia Intensiva na cidade", disse o prefeito.

Vele lembrar que a realidade é um pouco diferente, por exemplo: as aulas na rede municipal começaram com atraso e em termos de UTIs hoje Rondonópolis tem no total 69 leitos, entre adultos, infantis e neonatais e mais, as últimas unidades foram entregues em outubro de 2016 e foi resultado de uma ação do Ministério Público do Estado - MPE.

Fica complicado ouvir tantas notícias boas- mentiras - sem se questionar: será que esses milagres todos realmente aconteceram? Se sim, demos graças, oremos, ajoelhemos, paguemos todas as promessas feitas e, definitivamente, que todos os cidadãos rondonopolitanos agradeçam por terem escolhido o Zé para governar nosso município.

Buxixo faz mais, alerta para o perigo dos excessos, já que enquanto todos os milagres acontecem, os mais simples efeitos de uma boa administração não aparecem e a cidade está assim: buracos e mais buracos por todas as ruas do centro e bairros, semáforos que não funcionam; cálculos errados nos carnês de impostos; contratações e mais contratações sem respeitar o concurso público em vigência - mesmo com determinação judicial; falta de médicos e medicamentos nas unidades de saúde; Portal da Transparência sem informações ou mesmo acesso; e muito, muito mais que a administração deixa a desejar.

Agora, se Deus realmente é rondonopolitano, ele está de férias. Tomara que a reforma trabalhista venha com força e que essas férias sejam só uma das três partes permitidas por lei. . . .