NON GRATA
Sem força de barganha, ao MDB cabe aceitar o que vier
20 de Julho de 2018, 09h08
O atual senador Wellington Fagundes se lançou pré-candidato ao Governo em 2018. Tão logo, o MDB, sob o caciquismo do deputado federal Carlos Bezerra, se pôs à aliança. A barganha era simples: indicação do vice e cargos de confiança gestão afora. Por fim, o republicano senador parece ter perdido o do "amigo".
O MDB pulou o muro. Antes, porém, quando se iniciaram as conversações em torno de uma possível candidatura do ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes, ao Palácio Paiaguás em 2018, quem já estava lá? Ele mesmo. Recentemente fortalecido o grupo, nova oferta de apoio e o acordo: indicação do vice e cargos de confiança na gestão. O que muda aqui é que, por enquanto, o MDB faz parte do bloco, mas sem força para barganhar cadeiras.
Em tempo: MDB sem barganha soa até esquisito. Tão por isso, uma das especulações em torno do apoio dava conta de uma migração de Carlos Fávaro -PSD para a sigla. O pré-candidato ao Senado fez questão de desmentir o boato em alto e excelente som.
Outro que há pouco achincalhou o partido foi o atual governador Pedro Taques. Recentemente, ao se lembrar dos tempos de Silval Barbosa e companhia, disparou: "O MDB tem legitimidade para apoiar quem deseja na eleição. Mas não me compare com o MDB, pelo amor de Deus! Eu tenho uma história de vida totalmente diferente da história deles".
Em tempo 2: Grande parte do MDB resiste em levar o partido para o grupo de Mendes. Em 2016, um acordo em torno da campanha de Fagundes já se costurava e as bases tendem à fidelidade. Front neste impasse é a atual deputada estadual Janaína Riva.