Presos ontem, 26, pela Polícia Federal de Goiás, piloto e copiloto do "avião do pó" deram uma nova versão sobre os fatos. A aeronave foi interceptada no último domingo e fez pouso forçado em Jussara, Goiás. Dentro do avia, mais de 500 kg de cocaína.

Na versão atual, a dupla presa disse não ter decolado  de nenhuma das onze pistas da fazenda Itamarati Norte, arrendada ao grupo Amaggi, de propriedade do atual ministro da Agricultura Blairo Maggi, localizada no município de Campo Novo dos Parecis. As informações foram dadas hoje pela TV Jussara.

Os dois foram presos na cidade de Itapirapuã, em Goiás, e disseram  à PF que a droga tinha como destino a mesma cidade. O entorpecente teria sido adquirido na Bolívia. Inicialmente, antes de ser preso, o piloto (ao ser interceptado) declarou que saiu da pista em MT. Em nota, a Amaggi já havia informado que não tinha autorizado nenhum decolagem do avião apreendido.

Ontem a noite, Maggi e o grupo Amaggi emitiram nota:

"Quero esclarecer a respeito das notícias veiculadas sobre a interceptação de uma aeronave, carregada de entorpecentes, que, supostamente, teria decolado de uma pista localizada na fazenda Itamarati, na parte arrendada pela AMAGGI. Para isso, compartilho a nota oficial da Força Aérea Nacional, onde afirma que o local exato da decolagem será objeto de investigação. As informações devem ser prestadas pelo piloto da aeronave, mas ele ainda não foi localizado.

Mato Grosso é um estado continental que se torna vulnerável à ação do tráfico internacional pelas fronteiras que possui. E, o local da fazenda (região de Campo Novo do Parecis) enfrenta o mesmo problema. A propriedade é extensa e tem 11 pistas autorizadas, assim sendo, quando a FAB conseguir confirmar o local exato da decolagem, compartilho com vocês!", disse Maggi.

As investigações do caso continuam. A versão dos pilotos havia sido publicada hoje de manhã. Leia aqui.