A comissão dos aprovados e classificados no concurso público da prefeitura decidiu dar um voto de confiança para a secretária de governo, Mara Gleibe Ribeiro Clara da Fonseca, e aguardar uma agenda com o prefeito antes da próxima mobilização do grupo.

"Nós protocolamos na prefeitura no dia 20 de janeiro a solicitação de uma reunião com o prefeito. Até agora não tivemos resposta e todo esse barulho poderia ser amenizado. Esta semana ele (prefeito) deu o primeiro passo, chamou 50 dos mais de 300 aprovados. Agora vamos aguardar até o final deste mês, se a reunião não acontecer, voltaremos com força na mobilização do grupo", desabafa Juliano Almeida, da comissão dos aprovados.

Na tribuna, Juliano afirmou que apesar da validade do concurso ser de dois anos, a questão é cumprir o Termo de Ajustamento de Conduta - TAC, assinado entre a prefeitura e o Ministério Público ainda no ano passado. O MP exigiu a realização do concurso, fazendo valer o artigo 37 da Constituição Federal que diz que para ser funcionário público, deve ser por meio de concurso. "Por isso estamos acompanhando de perto. Além das vagas contempladas para assumir de imediato, 326, tem os classificados que também devem ocupar as vagas no lugar dos comissionados ou contratados. Como exemplo, só no cargo de assistente de apoio à gestão são 30 vagas contempladas no concurso e nesta gestão tem em comissão 82 mantidos no cargo desde a gestão passada e mais 59 contratados este ano".

Outro exemplo usado pela comissão dos aprovados e classificados é para o cargo de enfermeiro. O concurso contempla 16 vagas, foram contratados em comissão 38 profissionais só para os PSFs. Além disso tem muitos enfermeiros que prestam serviço ao município por meio de serviços terceirizados com o Consórcio Regional de Saúde, Coopervale e outros, que atendem em unidades e não têm vínculo. É o caso dos profissionais que atuam na UPA, PA Infantil, Centro de Nefrologia, Ceadas e Centro de Reabilitação Nilmo Júnior.