A promessa de uma viagem mais segura e com menos duração entre Rondonópolis e a capital foram as principais vantagens apresentadas, para a concessão das BRs 163/364 e com estes fortes argumentos a sociedade até que viu com bons olhos ter que pagar para trafegar em uma via pública, mesmo já “contribuindo” com tantos impostos. Sem contar o setor do transporte que com a rodovia em bom estado de conservação e a fluidez no tráfego, poderia ter certa economia no custo de manutenção da sua frota. Mas não é o que ocorre...

Quando você inicia o trajeto saindo de Rondonópolis, a primeira impressão é muito boa, com pista duplicada. Mas com poucos quilômetros rodados, uma praça de pedágio nos lembra que o conto de fadas vai começar, com mais alguns minutos rodando próximo a localidade da farinha do osso, cadê a duplicação? Voltamos à realidade de muitas décadas, com pista simples e o pior em alguns trechos onde até a terceira faixa não existe mais.

E os R$ 4,50 pagos na praça de pedágio fica na nossa cabeça, tanto por tão pouco. Segue a viagem e o motorista passa por Juscimeira e Jaciara, uma parte do trajeto onde tradicionalmente o trânsito literalmente para, com um fila interminável de carretas e carros de passeio fazendo manobras perigosas para vencer a centopeia sobre rodas.

Passada a lentidão, mais uma praça de pedágio desta vez no município de Campo Verde um pouco mais barato, por R$ 3,70, o motorista tem uma pista com muitos pontos onde o asfalto está se soltando e com deformações, o que para veículos de passeio é uma armadilha quase mortal. Mas segue o “enterro”, ou melhor, a viagem, a Serra de São Vicente dá um refresco com sua pista duplicada, mais isso já faz algum tempo e não está neste pacote de melhorias da concessionária Rota do Oeste.

Agora depois de descer a Serra de São Vicente, a parte final da viagem entre Rondonópolis e  Cuiabá e para não perder o costume mais uma praça de pedágio, desta vez R$ 3,60, por outro trecho sem duplicação. No total, o motorista de um veículo de passeio paga R$ 11,80 em 210 quilômetros em uma rodovia que pouco trouxe até agora ao usuário, além de um serviço de atendimento médico e mecânico.

Filas já?

Quem passa pela praça de pedágio nos fins de semana, já deve ter notado que em alguns momentos se formam fila nos guichês de atendimentos, o que desencadeia mais irritação ao usuário que vem de quilômetros de stress. O Buxixo entende que a cobrança  está dentro da legalidade, mas se torna imoral pelo que já foi entregue ao motorista e usuário, nós queremos mais e precisamos de mais, já que  o faturamento é alto, se tomarmos como base a cobrança na praça de pedágio de Rondonópolis, uma única carreta 9 eixos pagaria cerca de R$ 45 e são milhares por dia transitando pela rodovia.

Vamos acelerar a duplicação...