PARALISAÇÃO

Servidores do Sistema Penitenciário de MT paralisam atividades por tempo indeterminado

A decisão foi tomada na tarde dessa sexta-feira (20) em mais uma assembleia geral da categoria

por Redação com assessoria Sindspen/MT

21 de Outubro de 2017, 07h00

Servidores do Sistema Penitenciário de MT paralisam atividades por tempo indeterminado
Servidores do Sistema Penitenciário de MT paralisam atividades por tempo indeterminado

Em uma assembleia geral do sistema penitenciário realizada, nessa sexta-feira (20), no Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC), os servidores de Mato Grosso decidiram paralisar por tempo indeterminado devido à falta de resposta por parte do governo quanto à pauta de reajuste salarial. Vários encaminhamentos foram votados, sendo que a paralisação por tempo indeterminado, a partir deste sábado (21), teve a maioria dos votos dos servidores presentes.

 

Diante da votação expressiva ficou deliberado que somente será realizado Operação Padrão, ou seja, apenas serviços essenciais, até que o Governo do Estado reúna com a Comissão Negociadora representante dos servidores. Durante esse período, os únicos serviços que serão garantidos é a segurança das unidades, onde 100% dos agentes penitenciários estarão posicionados na torre, contenção e guarita, será atendida alimentação do preso e escoltas apenas em caso de emergência de saúde do preso, inclusive a visita de familiares e amigos dos presos também terá que ser suspensa.

 

A assembleia foi convocada pelo sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado de Mato Grosso (Sindspen-MT), que vem tentando de todas as formas diálogo com o governo e não tem tido resposta e durante assembleia na tarde de hoje, sem respostas positivas, perante tal situação, os servidores não tiveram outra alternativa senão paralisar as atividades como forma de fazer o executivo olhar para as necessidades do sistema penitenciário.

 

O Presidente do Sindspen, João Batista disse que a categoria está em situação crítica, pois estamos dentre as 34 carreiras de 34 do Estado, como a segunda no quesito pior remuneração e periculosidade , apesar dos risco no trabalho.

 

Já para o assessor jurídico do Sindpen, Carlos Frederick a aprovação da operação padrão foi positiva, até mesmo porque o governo só tem escutado e olhado para a categoria penitenciaria quando ela mostra a sua importância. "Nada mais claro para mostrar a importância de que se mobilizar e realizar essa operação dentro daquilo que é limitado. Mais uma vez o sistema penitenciário está de parabéns através do Sindspen, porque sai na frente. Tenho convicção muito firme de que esse movimento vai influenciar sim na votação da PEC do Teto dos Gastos, porque o sistema tem mostrado que é de luta e que tem desenvolvido uma politica sindical séria", concluiu Frederick.

 

"A reivindicação da classe é exclusivamente, melhoria da tabela salarial levando em conta os cargos, a formação e o tempo de serviço. Estamos lutando, lutando, esses anos todos, esperando e o governo não nos atende, não tendo nada mais a fazer senão reivindicar da única forma possível, exercendo o direito a paralisação. A decisão do Servidor foi soberana e a operação padrão foi deliberada, visto que o governo não se mostra aberto às negociações da Campanha Salarial", comenta