Petrobras

CPMI vai ouvir depoimento de ex-contadora do doleiro Alberto Yousseff

por

17 de Setembro de 2014, 18h44

CPMI vai ouvir depoimento de ex-contadora do doleiro Alberto Yousseff
CPMI vai ouvir depoimento de ex-contadora do doleiro Alberto Yousseff

Integrantes da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras aprovaram nesta quarta-feira (17) um requerimento para ouvir a ex-contadora do doleiro Alberto Youssef, Meire Poza.

O requerimento foi aprovado pouco antes do início da reunião para ouvir o ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, que já admitiu a existência de um esquema de desvio de recursos para políticos que integram a base de apoio ao governo Federal.

O depoimento da ex-contadora é considerado essencial já que ela tinha acesso às informações e, diferente de Paulo Roberto, não tem nenhum acordo de delação que exija a manutenção do sigilo.

Eleições
Antes do final da reunião, o deputado Júlio Delgado (PSB-MG) disse que as suspeitas acerca dos nomes que constam na lista de autoridades apontadas por Paulo Roberto Costa como beneficiárias de recursos ilícitos pode influenciar de maneira prejudicial a disputa nestas eleições.

"Principalmente nos pleitos estaduais, já que há a indefinição sobre o envolvimento de alguns deputados", afirma. Conforme reportagem da revista Veja, Costa citou o nome do ex-governador Eduardo Campos (PSDB), falecido em acidente aéreo em agosto.

A senadora Vanessa Grazzotin (PCdoB-AM) lembrou o depoimento de Costa à CPMI em junho, quando o ex-executivo afirmou não ser "homem bomba" da estatal e dispôs-se a comprovar a legitimidade das decisões técnicas acerca dos acordos firmados com empreiteiras na construção da refinaria pernambucana. Para Grazzotin, a reiterada alegação de sigilo por Costa compromete as investigações e representa ruptura da conduta colaborativa sinalizada em junho por Costa.

Delação premiada
O deputado Fernando Francischini (SD-PR) reforçou a necessidade de a comissão receber do Supremo Tribunal Federal (STF) as cópias dos depoimentos de Paulo Roberto Costa à justiça do Paraná, após acordo de delação premiada.

"Não podemos ter tantos políticos citados e não tomar uma atitude. O STF e o Procurador-Geral da República têm que reconhecer a competência constitucional da CPI e compartilhar as cópias para que tomemos providências. Sem isso, esta CPI está morta", justificou Francischini.

O deputado informou que vai cobrar da presidência da comissão a formação de um grupo de parlamentares que vá ao STF requerer as cópias da delação premiada.

 

(com informações da Agência Câmara)