PINGOU PRA CÁ
Políticos de Mato Grosso receberam “grana preta” da JBS para campanhas eleitorais de 2014
19 de Maio de 2017, 10h53
A notícia correu nesta semana na imprensa da capital do Estado. O dinheiro da JBS, por meio da Friboi, "pingou" em Mato Grosso. Ao todo, 10 parlamentares deste Estado receberam doações da empresa para as campanhas eleitorais de 2014. A informação é do Sistema de Prestação de Contas Eleitorais, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Buxixo traz a lista.
Entre os parlamentares um senador, Wellington Fagundes, seis deputados federais e três estaduais receberam dinheiro da Friboi para financiar suas campanhas eleitorais.
O peemedebista Carlos Bezerra é o primeiro a aparecer na lista. O único a receber valores diretamente do frigorífico. Entre os principais candidatos ao Governo do Estado, apenas um recebeu dinheiro da JBS, no caso o ex-vereador Lúdio Cabral (PT), que perdeu a disputa em 2014.
Na bancada federal, além de Bezerra, que recebeu R$ 1 milhão, sendo R$ 500 mil diretamente da JBS e outros R$ 500 mil por intermédio do diretório nacional do PMDB, também receberam valores da empresa os deputados Ságuas Moraes, do PT (R$ 150 mil, através do diretório estadual do partido), Victório Galli, do PSC (R$ 30 mil, através do diretório estadual do partido), Valtenir Pereira, do PMDB, mas eleito pelo PROS (R$ 50 mil, através do diretório nacional do seu antigo partido).
Também federais recebedores de dinheiro da JBS, Fábio Garcia, do PSB (R$ 150 mil através do diretório estadual do partido) e Adilton Sachetti, do PSB (R$ 50 mil através do diretório estadual do partido).
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Wellington Fagundes, o maior recebedor
O senador Wellington Fagundes -PR foi o que recebeu o maior volume de dinheiro da JBS, num montante de R$ 1,4 milhão, em três parcelas, sendo todas elas recebidas através do diretório nacional do PR.
A primeira delas, no dia 17 de julho de 2014, foi de R$ 500 mil. No dia 17 de setembro do mesmo ano, outra doação de R$ 400 mil foi feita a sua campanha. No dia 2 de outubro, três dias antes da eleição, o último aporte, desta vez de R$ 500 mil, foi feito a conta de campanha do republicano.
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Entre os deputados estaduais, três receberam dinheiro da JBS em suas campanhas. O presidente da Casa, Eduardo Botelho, do PSB, foi o que mais recebeu do frigorífico (R$ 350 mil, através do diretório estadual do partido).
Allan Kardec, do PT, e Mauro Savi, do PSB, também tiveram recursos da JBS em suas campanhas e ambos receberam através do deputado federal Carlos Bezerra. Kardec recebeu R$ 77 mil, enquanto Savi ficou com R$ 6,7 mil.
Na campanha para governador, apenas Lúdio Cabral recebeu dinheiro da JBS, para sua campanha. O petista teve ajuda do frigorífico num total de R$ 509,3 mil. Seu adversário no pleito e governador eleito, Pedro Taques, do PSDB, não recebeu dinheiro da empresa.