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Taques se compromete regularizar salário de engenheiros em concursos públicos

Governador reconheceu necessidade ofereceu apoio para que a lei esteja empregada nos futuros editais

por GazetaMT

19 de Março de 2018, 14h19

Taques se compromete regularizar salário de engenheiros em concursos públicos
Taques se compromete regularizar salário de engenheiros em concursos públicos

O governador de Mato Grosso, Pedro Taques, se comprometeu em elaborar junto com o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso (Crea-MT) um modelo de Edital atendendo a Lei 4950, que estabelece o salário mínimo profissional para as futuras contratações de engenheiros e demais profissionais registrados no Crea.

A legislação que regulamenta o Salário Mínimo Profissional (SMP) dos trabalhadores diplomados em Engenharia, Química, Geografia, Geologia e outras profissões da área tecnológica já possui mais de meio século de vigência, e ainda não é atendida pelo poder público brasileiro. Em todo país 15 milhões de profissionais reivindicam a aplicação e em Mato Grosso são ao menos 24 mil. "Recebemos essa demanda durante a campanha à presidência do Crea e vimos que é um assunto que angustia principalmente os jovens profissionais. Eles se preparam e tem dificuldades de encontrar salários condizentes a sua qualificação por conta de instituições que descaracterizam as profissões e fazem concurso com outras nomenclaturas para evitar a lei que obriga o cumprimento do mínimo profissional".

Taques reconheceu a necessidade de se respeitar o mínimo profissional e ofereceu apoio para que a lei esteja empregada nos futuros editais. O secretário da Casa Civil, Max Russi, que também participou da reunião disse que é necessário regulamentar o mais rápido possível a situação dos profissionais. "É importante o governo receber e dialogar com os segmentos, vendo a realidade. O governo só dá certo quando escuta a população de todos os setores e o governador tem feito isso, contribuindo para que possamos fazer um estado com muito mais oportunidades".

A Lei 4.950/1966 garante, um salário mínimo proporcional à jornada de trabalho e à duração do curso de graduação, bem como uma remuneração justa, compatível com a complexidade da função e a responsabilidade do trabalho previsto. "O Crea Mato Grosso defende o Salário Mínimo Profissional por acreditar ser um dos pilares para o desenvolvimento do Estado', declarou João Pedro Valente enfatizando que outro grande desafio é combater a desinformação e conscientizar à sociedade, em específico os profissionais da área tecnológica e empregadores, sobre a importância do direito ao Salário Mínimo Profissional.

O próximo passo segundo João Pedro Valente será de cobrar o compromisso do governador, para que nos próximos meses esse modelo de Edital se torne realidade. Taques informou que uma nova reunião deve ocorrer no segundo semestre deste ano.

O almoço com representantes Crea-MT, aglutinou conselheiros de todas as regiões do estado na terça-feira (13.03), no Palácio Paiaguás. Esta foi a primeira vez que um governador de Mato Grosso recebeu o conjunto de conselheiros do Crea, que engloba mais de 300 profissões.