PREVENÇÃO

Deputado propõe que dados de violência contra mulher sejam divulgados bimestralmente

O projeto quer que todos os setores da segurança e da Justiça informem todos os dados referentes à violência contra a mulher

por GazetaMT

22 de Maio de 2019, 09h56

Deputado propõe que dados de violência contra mulher sejam divulgados bimestralmente
Deputado propõe que dados de violência contra mulher sejam divulgados bimestralmente

Um assunto que poderia ser extinto das páginas dos jornais ainda é constante e diário no noticiário de Mato Grosso e do Brasil. A violência contra a mulher, que em muitos casos termina em feminicídio, ainda é um crime que de minuto a minuto é relatado nas delegacias do estado. De cada mil mulheres em Mato Grosso, 27,2 são vítimas de violência doméstica em algum processo que tramita no Tribunal de Justiça de Mato Grosso. O número faz parte de um levantamento do Conselho Nacional de Justiça referente a 2017.

Visando diminuir esses casos e principalmente evitar que esses casos virem morte, o deputado estadual Valmir Moretto (PRB) ingressou com o Projeto de Lei nº 529/2019, que obriga o estado a divulgar de forma bimestral os índices de violência contra a mulher em Mato Grosso.

O projeto quer que todos os setores da segurança e da Justiça, seja Polícia Militar, Polícia Civil, Ministério Público ou Tribunal de Justiça, informem todos os dados referentes a tratamento à violência contra a mulher. Os dados, segundo o projeto, deve ser exposto no site do governo e dos órgãos institucionais do estado, como Assembleia Legislativa, MPE, TCE, TJMT e Defensoria Pública.

"Uma das maiores dificuldades encontradas para o enfrentamento da violência contra a mulher é a falta de dados atualizados e de fácil acesso, o que dificulta a realização de políticas públicas, a conscientização populacional e o temor do agressor. A finalidade deste projeto é sanar essa lacuna, otimizando, inclusive, o pleno cumprimento da Lei Maria da Penha", destaca o deputado Valmir Moretto.

Outra propositura é o combate através da fiscalização e coibição das reincidências. Além disso, existem projetos a serem votados, como uma lei que exige que as Delegacias da Mulher sejam dirigidas por delegadas do sexo feminino, e que funcionem de forma ininterrupta, durante as 24 horas do dia, sete dias por semana, inclusive feriados.